A época balnear, que terminou no sábado, foi «muito satisfatória» para as praias fluviais da região. Em Loriga (Seia) e Vale do Rossim (Gouveia) registaram-se mesmo subidas significativas no número de banhistas, estimadas em «mais de 40 por cento» na primeira e em «20 a 30 por cento» na segunda, de acordo com os seus responsáveis.
António Maurício, presidente da Junta de Freguesia de Loriga, que gere a praia fluvial local, revela que o volume de visitas «superou as melhores expectativas», sendo que a praia recebeu em julho e agosto «cerca de 10 mil visitantes, com uma média de 400 utilizadores diários», um valor que «quase duplica» relativamente aos anos anteriores, em que a praia era visitada por «cerca de 6 mil pessoas». O autarca diz-se «naturalmente satisfeito» e sublinha que, apesar do fim da época balnear, «as pessoas continuam a vir em bom número. Apesar de já estarmos na segunda metade de setembro, continuamos a ter dias em que o espaço enche». Este aumento, que se «refletiu claramente no movimento da vila e no comércio local», ficou a dever-se, sobretudo, ao facto da praia ter sido finalista do concurso das “7 Maravilhas – Praias de Portugal”, justifica.
Para António Maurício, outro aspeto importante foi «o passar da palavra de quem vem e gosta e depois recomenda a familiares e amigos», mas também a Bandeira Azul, atribuído pela primeira vez a esta praia fluvial serrana. Contudo, o presidente da Junta considera que «o grande cartão-de-visita da praia de Loriga continua a ser a qualidade da água e a envolvente natural». Nesse sentido, devido à procura deste ano, a Junta já «negociou alguns terrenos limítrofes» para alargar um espaço que «começa a ser curto», considera o edil. Na barragem do Vale do Rossim também houve «bastante mais gente do que no ano passado», confirma Júlio Barbas, responsável da empresa Trilhos & Lagoas, que gere o espaço. Ainda assim, «notaram-se os efeitos da crise, pois as pessoas traziam menos dinheiro para gastar», acrescenta. A afluência deste ano na praia mais alta do país foi «da ordem das 40 mil pessoas», um aumento estimado entre 20 a 30 por cento comparativamente a anos anteriores.
Tal como em Loriga, também o concurso das “7 Maravilhas” funcionou como «publicidade positiva, não só para o Vale do Rossim, como para a Serra da Estrela», acredita Júlio Barbas, considerando que «foi feita uma divulgação que qualifica o destino turístico». Já as praias fluviais de Valhelhas e Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda, mantiveram o número de visitantes do ano passado, «o que acaba por ser positivo num contexto de crise», de acordo com os presidentes das duas freguesias. Paulo de Carvalho, de Valhelhas, estima que tenham passado pela praia local «cerca de 60 mil pessoas» este ano, «com uma média de quatro mil por dia aos fins-de-semana», enquanto durante a semana a média foi de «sensivelmente mil veraneantes diários». No campismo, o autarca fala num «crescimento» e, no geral, faz um balanço positivo da época balnear, sublinhando que, «apesar do momento económico menos bom, continuamos a ser um caso de sucesso e a conferir uma dinâmica a esta região». Em Aldeia Viçosa, Baltazar Lopes também está satisfeito com os números alcançados este ano, que «rondam os valores de 2011, na ordem das 60 mil pessoas». O presidente da Junta reconhece que a época balnear «podia ter corrido melhor, mas houve alguns fins-de-semana em que a meteorologia não ajudou», considerando apesar disso que «foi um ano bom, dentro do possível».
Fábio Gomes
Comentários dos nossos leitores | ||||
---|---|---|---|---|
|
||||
|
||||
|
||||
|
||||
|
||||
|
||||