Foi na Guarda, cidade onde confluem as autoestradas A25 e A23 e as ferrovias da Beira Alta e Beira Baixa, que a EP/REFER inaugurou as primeiras instalações conjuntas das duas empresas a nível nacional. A sede dos serviços distritais da Estradas de Portugal e da Rede Ferroviária Nacional fica na estação de caminhos de ferro, que acolhe agora 33 funcionários.
Esta medida vai permitir «reduzir custos operacionais, aumentar as receitas e valorizar os ativos da EP/REFER na Guarda», justificou o presidente da empresa criada pela fusão da Estradas de Portugal e da Rede Ferroviária nacional. O modelo vai agora ser replicado nos restantes 17 distritos do país. «Temos aqui todos os funcionários das duas empresas na Guarda e, com isso, libertámos um edifício também ótimo, na Avenida Francisco Sá Carneiro, que permite a sua colocação no mercado, inicialmente para arrendamento, e assim aumentar a receita», sublinhou António Ramalho. O responsável referia-se às instalações da Estradas de Portugal inauguradas em 2011 e que custaram mais de um milhão de euros. Na cidade mais alta, a EP dispõe ainda de um imóvel situado no Largo de São Pedro, no centro da cidade, que está à venda por 272.300 euros.
Durante a inauguração das novas instalações conjuntas da Guarda, Álvaro Amaro valorizou a fusão e considerou a concentração dos serviços na estação ferroviária local «uma boa solução». Quanto aos edifícios deixados vagos, o presidente da Câmara considerou que o imóvel da Avenida Francisco Sá Carneiro seria uma «boa alternativa» para os serviços distritais de proteção civil, que funcionam atualmente em instalações propriedade do município. «É um edifício interessante, bem localizado e próximo do quartel de bombeiros», justificou o edil, esclarecendo que a autarquia não está interessada em comprar. «É um assunto que compete ao Ministério da Administração Interna tratar», afirmou. Na deslocação à Guarda, o presidente da EP/Refer anunciou ainda que a empresa tem previsto investir no sistema rodoviário da região, entre 2015 e 2019, a verba global de 10,5 milhões de euros em 18 intervenções com destaque para a ligação do IP5-Vilar Formoso-Fronteira, com um custo estimado de 12 milhões de euros.
No plano ferroviário, estão previstas intervenções no valor de 61,2 milhões para requalificação da linha da Beira Alta e está a ser estudada a construção de um novo corredor Aveiro-Vilar Formoso com um custo estimado de 900 milhões de euros.
Luis Martins 
