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Entre o fitness e o rigor militar

O “bootcamp” chegou à Guarda no passado fim-de-semana

Os trilhos da zona do Campo de Tiro da Guarda foram palmilhados com intensidade, no passado sábado, por um grupo entusiasmado de amantes de atividades ao ar livre. Um terreno desprotegido, na zona mais alta e inóspita das imediações da cidade, com vistas privilegiadas sobre a Serra da Estrela, sobranceiro à albufeira do Caldeirão, que convida ao lazer de montanha e ao desporto na natureza. 35 adultos e algumas crianças contactaram, pela primeira vez na Guarda, com uma modalidade que vai ganhando adeptos por todo o mundo: o “bootcamp”. Numa iniciativa de um grupo de oficiais da GNR do Comando Territorial da Guarda, em «resposta a um grupo de amigos», a manhã foi dedicada à prática desportiva no campo, à prova de orientação e identificação dos pontos referenciados em carta e à execução de uma “GM”. E de tarde, a prática de tiro foi o corolário de uma jornada extenuante de convívio e lazer.

O “bootcamp” é uma modalidade desportiva com «treino de fitness ao ar livre com exercícios de inspiração militar», explicou o tenente-coronel Luís Cunha Rasteiro, com regras e cuidados em relação ao meio ambiente e a liberdade de respirar e sentir a natureza. Para Cunha Rasteiro, esta foi «uma manhã diferente» de «libertação de adrenalina» em que um grupo de amigos teve oportunidade de contactar com o regime militar «de forma diferente», num ambiente «divertido», de convívio, partilha de experiência e entreajuda.

O conceito chegou a Portugal em 2009 depois de enorme sucesso em países como os Estados Unidos, a Inglaterra ou Irlanda. O “bootcamp” é muitas vezes associado a encontros de trabalhadores de grandes empresas que recorrem a esta modalidade como forma de relaxamento e convívio, além de qualificação da condição física e psíquica. Este treino evidencia que qualquer pessoa, de qualquer idade, condição física e estilo de vida pode ultrapassar os limites, muitas vezes imagináveis, e encontrar o seu equilíbrio físico e mental. Na Guarda terá sido a primeira experiência do género, mas Luís Cunha Rasteiro refere que muitas outras pessoas lhe terão manifestado interesse em participar em eventos futuros, mas, para já, este terá sido um encontro de cariz pontual que não tem de ter necessariamente continuidade ou periodicidade definida.

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