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Enfermidade

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Regresso ao tema saúde para dar como exemplo a insanidade mental: custava muito menos dinheiro manter todos os Serviços de Atendimento Permanente, dar formação a quem lá trabalhava e equipar com alguma dignidade e eficácia o que lá estava, do que ter criado um não pagável INEM. Com toda a virtude que um INEM bem estruturado e lentamente construído nos teria trazido, mas sem o despesismo e a loucura administrativa da sua formação em explosão. Falo da Selecção Nacional e da anormalidade da cláusula de rescisão para Carlos Queiroz. Falo da doença da extravagância e da arrogância de dirigentes que se acham mais importantes que os protagonistas do jogo. Falo de um desporto que nos arrastou custos doentes na construção de estádios e brevemente no pagamento das suas dívidas milionárias. Falo da estranha transferência do Atlético de Madrid de dois jogadores que se mostraram menos eficazes que o custo. Alguém vende bem por lá e dois clubes gastaram 15 milhões de euros para empréstimos. Falo da insanidade que é ser governante de um país cada dia mais caro, com menos empresas, com menos dignidade salarial, que desatou a pagar o que era voluntário (as juntas de freguesia) e agora não lhes quer pagar. Falo de um silêncio cúmplice com a lapidação de Sakineh Mohammadi Ashtiani no Irão, que só o governo de França parece contrariar e liderar a oposição. O Bloco e o PS estariam mais activos na luta pelo casamento gay. Falo de uma rompante e explosiva rede de cuidados continuados que está a destruir a capacidade orçamental do Estado e a formar leis (vide final de Julho de 2010) para tornar o seu acesso mais restrito. Um modelo errado que não assenta na família e na educação dos parceiros num país educado sob a fé cristã, a ajuda dos filhos aos pais. Portugal a encher-se de escaras e a adoecer com as medidas da insanidade. Criaram-se estruturas que não podemos pagar (piscinas em cada freguesia) instituições que produzem desempregados cultos (politécnicos como cogumelos) cursos de direito em cada cidade (mil concorrentes à Ordem dos Advogados), transplantação hepática em cinco centros (Londres tem menos) cardiologia de intervenção nascendo como cogumelos (zona centro com mais que Paris). Somos governados pela estratégia da vaidade, da soberba e da arrogância. Já vinha do Governo de Cavaco, mas seus filhos predilectos parecem ser os Governos de Guterres, Santana e José Sócrates. De todos ficam Ministros a encher os jornais de tristes histórias, de tristes decisões, associadas a salários chorudos, empregos duvidosamente remunerados e a indemnizações milionárias.

Por: Diogo Cabrita

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