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Empresas da Guarda querem investir em Moçambique

Administrador da AICEP reuniu com empresários no NERGA

Um grupo de empresas da Guarda tem a intenção de investir brevemente em Moçambique e, depois de alguns contatos, algumas iniciaram já o processo de instalação. Para facilitar o procedimento contam com a colaboração da associação empresarial distrital, o NERGA, e vão passar a ter também o apoio da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Ou pelo menos essa foi a garantia deixada na Guarda, na semana passada, por Manuel Brandão, administrador da AICEP.

Num encontro promovido pelo NERGA, com o objetivo de incentivar a exportação e organizar uma missão empresarial a Moçambique, foram identificadas algumas das dificuldades que os empresários podem encontrar para entrar na antiga colónia portuguesa e foi pedida a colaboração técnica e de contatos da delegação da agência. Manuel Brandão assegurou o interesse e disponibilidade dos serviços da AICEP para colaborarem em todo o processo de internacionalização e no agendamento de encontros com putativos clientes, bem como na abertura de portas junto das instituições moçambicanas. Para o administrador da agência, «as empresas devem fazer um esforço para não irem sozinhas, irem em parceria» e assim terem mais «possibilidades de sucesso». Carlos Brandão disse aos empresários que «mesmo a embaixada pode ser utilizada para fazer mostras de produtos» ou para encontros bilaterais e a AICEP «tem e disponibiliza listas de clientes de todos os sectores» que poderão ser de grande utilidade às empresas.

Pedro Tavares, presidente do NERGA, asseverou que a associação empresarial está atenta às necessidades das empresas da região e deixou claro o «apoio a projetos individuais», ao mesmo tempo que garantiu que irá «dinamizar uma missão de investimento» em Moçambique. Para o empresário, há a previsão de grande crescimento para aquele país, onde ainda falta de tudo, por isso tem um mercado potencial muito elevado que poderá ser mais acessível do que noutros países, nomeadamente Angola. Para Pedro Tavares, a disponibilização da AICEP para assegurar a colaboração com estas empresas «é importantíssimo» e será uma boa alavanca.

Para já, o NERGA está a organizar e a apoiar a internacionalização para aquele país africano das empresas Portrinta, Egiquímica, Estores do Mileu, Arquitectura João Madalena e DHCS Domótica, mas brevemente poderá haver mais algumas empresas a engrossar esta fileira de exportações ou mesmo com projetos para se instalarem.

O presidente do NERGA aproveitou a presença de Manuel Brandão na Guarda para o sensibilizar em relação à necessidade de atração de investimentos para a região. Pedro Tavares pediu mesmo a Manuel Brandão para incluir a cidade no “portfolio” de destinos de investimento estrangeiro em Portugal. Nesse sentido, os dirigentes do NERGA guiaram aquele responsável numa visita à Plataforma Logística da Guarda, apresentando-lhe um loteamento devidamente equipado e muito pouco ocupado, e deram a conhecer as instalações da Delphi, que se encontram à venda. Manuel Brandão confirmou que a Guarda «tem uma localização privilegiada» e explicou que a maioria «das empresas, quando vêm para Portugal, já têm a noção da localização pretendida», pelo que «não é fácil influenciar noutros sentidos».

Luis Baptista-Martins Manuel Brandão (ao centro) durante visita à “Portrinta”

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