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Empresários só querem estrangeiros a pagar portagens na A23 e A25

É uma das 20 propostas que o movimento quer incluir numa declaração de compromisso a assinar em Julho com os novos deputados da Guarda e Castelo Branco

O movimento Empresários pela Subsistência do Interior defende que os pórticos já instalados nas Scut A23 e A25 sirvam apenas para cobrar portagem aos transportes de mercadorias estrangeiros.

Luís Veiga recorda que estas vias são «estruturantes das empresas do interior: são o eixo Norte-Sul, que não pode ser portajado», dada a falta de alternativas e os baixos índices sócio-económicos das regiões atravessadas. O porta-voz do movimento sugere que, «em vez do princípio do utilizador-pagador, deve ser aplicado o conceito de poluidor-pagador», pelo que, «a haver utilização dos pórticos, apenas os transportes de mercadorias pagariam portagem». Contudo, os transportadores nacionais, que também pagariam, «teriam depois um benefício fiscal, via IRC». Segundo o empresário do ramo hoteleiro na Guarda e Covilhã, a proposta «não é mais nem menos do que aquilo que [os transportadores] já exigiram ao Governo que caiu e que certamente vão ter que negociar com o novo».

O princípio do poluidor-pagador nas auto-estradas A23 (Guarda-Torres Novas) e A25 (Aveiro-Vilar Formoso) faz parte das 20 propostas que o movimento de empresários quer incluir numa declaração de compromisso a assinar no início de Julho com os deputados eleitos pelos distritos da Guarda e Castelo Branco. O objetivo é que esta reivindicação passe «rapidamente a lei». Nesse sentido, Luís Veiga recorda o que se passou no Norte do país após a introdução de portagens: «A cobrança prejudicou a economia da região. Há operadores turísticos espanhóis com quedas de 50 por cento e quebras de 25 a 30 por cento nalgum retalho», refere, considerando que os autarcas que contestaram a medida «tinham toda a razão».

Cerca de 50 empresários dos distritos da Guarda e Castelo Branco e respetivas associações empresariais, defendendo os interesses de cerca de 8.000 firmas, integram este movimento criado no início de fevereiro para tentar travar a introdução de portagens nas SCUT da Beira Interior (A23) e Beiras Alta e Litoral (A25).

Demissão de Sócrates adiou portagens na A23 e A25, inicialmente previstas para 15 de abril

Empresários só querem estrangeiros a pagar
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