A partir do início do próximo ano, os clientes domésticos poderão optar por receber eletricidade “low cost” nas suas habitações. A empresa que vai prestar este serviço, e que já comercializa para clientes empresariais desde 1 de julho, é a Enforcesco, spin off da Enforce, sediada no parque industrial do Canhoso, na Covilhã.
A adesão dos clientes empresariais está a proceder-se de uma forma «muito interessante», pois «estamos a fechar contratos quase todos os dias», nomeadamente com empresas da área industrial e hoteleira, indica o administrador da Enforcesco. João Nuno Serra explica que está a ser criada uma plataforma na Internet, que deverá ficar concluída até ao final do ano, direcionada para os clientes domésticos, o que permitirá que as pessoas, a nível particular, possam contratar a marca YLCE, as iniciais da expressão “Yes, Low Cost Energy”. O empresário explica que no portal online os potenciais clientes «poderão fazer uma simulação onde poderão meter os seus dados de consumo e obter um resultado comparativo com os nossos concorrentes, constatando que a nossa tarifa é mais barata». A Enforcesco consegue vender eletricidade a preços «mais baixos» que a concorrência porque opta por ter uma «margem de comercialização muito reduzida, já que somos uma companhia de baixos custos operacionais e o facto de desenvolvermos o nosso processo muito pela Internet permite-nos otimizar processos e ter uma estrutura de custos reduzidos».
O responsável indica que nas tarifas da eletricidade são contempladas «três vertentes», sendo que «o uso de redes é igual para todos» e a «componente de energia é comprada sensivelmente ao mesmo preço», daí que a diferença seja feita na «margem de comercialização». Para já, João Nuno Serra não se quer comprometer com um valor médio de redução de preços para os clientes domésticos, até porque «o peso do custo do uso de redes em particulares representa 50 por cento em termos médios», pelo que «só podemos mexer nos restantes 50 por cento». O empresário vaticina que «não vai ser pêra doce, mas estamos a trabalhar para apresentarmos valores competitivos», de modo a que «os clientes particulares se sentirem atraídos a mudar». Quanto aos clientes empresariais, já é possível falar numa redução média de «8 a 10 por cento». A Enforcesco tem o objetivo de alcançar em 2014 uma quota de mercado de 10 por cento.
Ricardo Cordeiro
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