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Empossado Conselho Estratégico das Beiras e Serra da Estrela

Órgão consultivo vai apoiar o processo de decisão dos restantes organismos da Comunidade Intermunicipal

O Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela foi empossado na passada quarta-feira, na Guarda, e é composto por meia centena de representantes de entidades públicas, instituições, associações e sindicatos da região.

Na cerimónia, o presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) recordou que este órgão de natureza consultiva vai ter um papel importante no funcionamento da comunidade, nomeadamente no apoio ao processo de decisão dos restantes órgãos. «Tendo uma diversidade tão grande de entidades que estão alinhadas na estratégia da CIM e que serão, simultaneamente, promotoras da concertação das ações para criar sinergias e complementaridades é um contributo determinante para minimizar as distâncias competitivas que uma região de baixa densidade como a nossa tem em relação a outras áreas da região Centro», afirmou Paulo Fernandes. O Conselho Estratégico vai ter uma palavra a dizer no desenvolvimento de vários processos, alguns deles já em curso, como é o caso da criação de uma agência de internacionalização com as empresas ou da plataforma regional da educação, que visa promover o sucesso escolar. A CIMBSE também prevê criar, entre outros projetos, uma rede de bibliotecas e uma rede social intermunicipal.

Após a formalização deste órgão, Paulo Fernandes voltou a reiterar que «quem ficar fora deste processo de concertação regional deve assumir as consequências, pois isso pode ter custos muito elevados no futuro». À margem desta sessão, o presidente da CIMBSE afirmou que as Beiras e Serra da Estrela quer ser uma das «grandes referências» nacionais e internacionais no turismo de natureza e anunciou que vai valorizar o potencial ambiental da região. «Está por fazer uma verdadeira revolução relativamente ao valor que as economias verdes podem ter na nossa região. Temos economia verde na energia, mas podemos e devemos ainda ir muito mais longe do que isso», disse o responsável, que também preside à Câmara do Fundão. Na sua opinião, o ambiente é um pilar fundamental para a região, a par da competitividade e da coesão. «A região pode ganhar valor neste setor, onde já existem as peças fundamentais, as denominadas comunidades vivas, pessoas extraordinárias que, para além de serem um exemplo já ancestral de resistência e de resiliência, são um poço de conhecimentos e de saberes absolutamente únicos e absolutamente insubstituíveis», afirmou.

A CIMBSE é constituída por 12 municípios do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e por três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).

Beiras e Serra da Estrela quer uma «grande referência» no turismo de natureza, anunciou Paulo Fernandes

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