«Voltar a Pinhel» por estes dias, de Carnaval e de Feira das Tradições, é uma obrigação de qualquer pinhelense ou dos forasteiros que aprenderam a gostar da alegria contagiante que se vive por terras da “cidade-falcão”.
Vinte anos depois, a Feira já não é apenas um ponto de encontro de tradições e saberes, das freguesias e do artesanato, dos vinhos e dos doces… vinte anos depois, a Feira é o refúgio, o local de abrigo dos que nasceram no concelho e partiram, dos jovens que estudam longe e por estes dias não querem estar em outro lugar, mesmo que pudessem estar em qualquer outro lugar, dos pinhelenses e dos amigos, dos que aqui foram felizes e dos que ainda procuram a felicidade… Vinte anos depois, a Feira é a saia onde se escondem as crianças que chegam com o cortejo carnavalesco e querem ficar noite dentro; é o guarda-chuva onde se abrigam os mais velhos entre copos e amigos e recordam os tempos que lá vão, porque recordar é viver; vinte anos depois, a Feira é a âncora a que a cidade engalanada se agarra para mostrar vida. Vinte anos depois, a Feira é das gentes, da diáspora pinhelense, das novas gerações, dos que ainda acreditam e até dos que já desistiram… Mas vinte anos depois, a Feira volta a ser, como sempre foi, nesse extenso tempo de duas décadas, o momento mais alto do ano na região.
Em Pinhel, a tradição ainda é o que era!
Luís Baptista-Martins