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Eficácia decidiu “derby” de Guardas

Guarda Desportiva derrotou Guarda Unida por 2-1 e reparte liderança com o Mileu

Se hà justiça no futebol, o Guarda Unida não foi bafejado por ela no último domingo no “derby” com o Guarda Desportiva que ganhou por duas bolas a uma, concretizando em golo praticamente todas as oportunidades que criou. Numa tarde de muito frio, os cerca de 50 espectadores presentes assistiram a uma partida bem disputada e em que a formação derrotada dominou a maior parte da contenda.

O encontro começou equilibrado e foi o Guarda Unida que jogou na condição de visitante que, aos 9’, criou a primeira jogada de perigo na sequência de um contra-ataque com João Saraiva a rematar forte, mas ao lado. Volvidos sete minutos, os comandados de Joaquim Pinharanda, que actuaram a favor do vento na primeira parte, voltaram a estar perto do golo através de Zito, de livre directo, mas a bola saiu perto do poste direito. Até que aos 21’, totalmente contra a corrente de jogo, o Guarda Desportiva inaugurou o marcador. Após um pontapé de canto apontado na direita por Zé Tavares, Nilton apareceu sem qualquer marcação no coração da área a cabecear para golo. A equipa contrária reagiu ao golo sofrido e aos 26’, Mauro, que foi dos mais inconformados da sua equipa, aproveitou uma saída em falso de Marcelino para atirar em arco para a baliza, valendo o corte de Paul já perto da linha de golo. Na marcação do canto, Acelino surgiu a cabecear ao segundo poste com muito perigo, com o esférico a embater nas malhas superiores da baliza. O Guarda Unida continuava a pressionar à procura do empate e, aos 28’, Stephan teve uma perdida verdadeiramente escandalosa quando após um cruzamento da esquerda, em plena grande área e com a baliza aberta, nem sequer conseguiu acertar na bola.

No segundo tempo, os visitantes continuaram a insistir no ataque e aos 52’, Sérgio obrigou Marcelino a defesa atenta. O Guarda Desportiva não conseguia incomodar o último reduto contrário até que aos 67’ beneficiou de uma grande penalidade que nos deixa dúvidas por alegado derrube de Vítor a Zé Tavares. Quem não hesitou foi o árbitro Bruno Pinto que apontou de pronto para a marca de castigo máximo, num lance que motivou bastantes protestos nos forasteiros, que motivaram a expulsão do seu técnico. Chamado a converter, o extremo bateu forte e colocado, fazendo o 2-0.

O Guarda Unida continuou a lutar para chegar ao golo, o que viria a conseguir aos 77’. No seguimento de um contra-ataque pela esquerda, Marcelino ainda interceptou o remate de Mauro, mas já nada pôde fazer na recarga de Sérgio que apenas encostou para a baliza. Até ao final, a formação, que participa na prova pela segunda vez, ainda tentou chegar ao empate e pressionou ainda mais a partir dos 87’, altura em que Nilton foi expulso, mas sem sucesso. A exibição do trio de arbitragem fica marcada pelo lance do pénalti.

No final, Pirry reconheceu que «em termos exibicionais é jogo para não repetir» e que o resultado foi muito melhor que a exibição, sem dúvida nenhuma». Do outro lado, Joaquim Pinharanda mostrou-se agastado com a arbitragem numa partida em que «fomos nitidamente superiores e a melhor equipa sobre o terreno». «O lance que ditou a minha expulsão não é grande penalidade. Já vi simulações bem feitas mas esta nem isso foi», criticando ainda «uma série de decisões muito complicadas» por parte do árbitro.

Ricardo Cordeiro O jovem Mauro, à direita, foi melhores do Guarda Unida

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