Foi no dia 18 de agosto de 1927 que nasceu, em Mangualde, Eduardo Silvério Abranches de Soveral. Viveu a sua infância e juventude em Viseu, onde seu pai era advogado e foi, durante alguns anos, provedor da Santa Casa da Misericórdia.
Depois de se formar em Ciências Histórico-Filosóficas em 1952, na Universidade de Coimbra, e enquanto aguardava colocação no corpo diplomático, a que concorrera, foi professor no Liceu de Viseu durante um ano letivo. Doutorou-se em Filosofia na Faculdade de Letras do Porto com a dissertação “O Método Fenomenológico. Estudo para a Determinação do Seu Valor Filosófico” (1965). Professor catedrático de Filosofia na faculdade onde se doutorara, dedicou-se à investigação filosófica no domínio da estética, da ética e da gnoseologia. Foi adepto do Integralismo Lusitano e antes de entrar na vida académica esteve brevemente na carreira diplomática.
No Ministério dos Negócios Estrangeiros foi secretário de Legação (1956) e chefe do Serviço do Pacto do Atlântico (1958), em cujas negociações participou. Aquando da visita da rainha Isabel II a Portugal foi um dos diplomatas nomeados para a acompanhar, sendo por ela agraciado com o Royal Victorian Order a 18 de fevereiro de 1957. Viveu e lecionou, durante dez anos, no Brasil, onde, com licença sabática e uma bolsa de estudo do Ministério da Educação português, realizou um trabalho de investigação pioneiro sobre os filósofos de língua portuguesa, então sobretudo brasileiros. Em 1985 regressou à sua cátedra na Faculdade de Letras do Porto, onde desenvolveu docência até ser jubilado, em 1997, sendo então o decano da Faculdade. Morreu em Vila Real a 29 de julho de 2003.
Por: Américo Brito
