A venda do edifício do Banco de Portugal, situado junto ao Teatro-Cine da Covilhã na Rua Ruy Faleiro, poderá ficar comprometida por causa de uma hipoteca ao grupo económico Millnnium BCP e por causa do «preço exagerado» que o grupo Costa Pais está a exigir pela venda do imóvel.
Pelo que “O Interior” pôde apurar, existirão várias entidades interessadas na aquisição daquele edifício. Para além da Cervejaria Portugália, que “O Interior” anunciou na edição da semana passada como um provável interessado, estarão outras entidades a ser contactadas. No entanto, e de acordo com uma fonte conhecedora do processo, o preço elevado que está a ser pedido pelos irmãos Costa Pais, e que rondam «algumas centenas de milhares de contos», poderá ser um «obstáculo» à venda do imóvel, para além de ainda não ser «provavelmente o legítimo proprietário do edifício» tendo em conta a hipoteca ao BCP.
Por seu lado, José Carlos Costa Pais, proprietário do edifício, disse a “O Interior” que tudo não passa de «informações falsas» mas não nega que o edifício «comprado há meia dúzia de anos ao BCP» ainda «não está totalmente pago». No entanto, garante que o grupo já possui a escritura do imóvel em nome de “Combustíveis Monteverde”. O proprietário confessou ainda o desejo de querer dar «algum uso ao edifício» com actividades ligadas à restauração ou a lojas de vestuário, mas assegura que neste momento ainda está a «meditar» sobre o futuro do imóvel que «não está à venda nem sequer está para alugar». «Neste momento, como a situação económica não é a melhor, não estou a acorrer para qualquer tipo de negócio. Vou esperar por melhores dias pois não nos podemos precipitar», justifica.
Contudo, “O Interior” sabe que foram feitos contactos com a Sociedade de Imediação Imobiliária Meditelha, apesar de José Carlos Costa Pais negar. «Se quiséssemos vender o edifício, faríamos através da nossa Sociedade de Imobiliária ICP», justifica.
Da parte da Meditelha, não houve qualquer confirmação nem desmentido, mas apenas a frase: «o segredo é a alma do negócio».
Entretanto, resta realçar que a Feira Nova arrendou por nove anos o espaço dos supermercados “Monteverde”.