A quase totalidade do troço da futura A25, entre a Guarda e Vilar Formoso, numa extensão de 34 quilómetros, vai abrir ao trânsito no final deste mês ou no início de Novembro. A única parte deste lanço que não terá, por enquanto, perfil de auto-estrada será a zona onde se está a construir uma nova ponte sobre o rio Côa, cujos trabalhos deverão ficar concluídos apenas em Maio de 2004, adiantou fonte da Lusoscut – Beiras Litoral e Alta, S.A., concessionária da auto-estrada. Já a construção do troço entre a Guarda e Mangualde deverá arrancar no primeiro mês do próximo ano, enquanto que a totalidade da duplicação do IP5 entre Vilar Formoso e Albergaria-a-Velha, deverá estar finalizada em Junho de 2006.
Recorde-se que o troço, prestes a ser inaugurado, entre a Guarda e Vilar Formoso – mais precisamente entre o nó com a A23, junto à saída de Pinhel, e o nó com a Nacional 332, nas extremidades da vila transfronteiriça – foi o primeiro a ser construído em Maio de 2002. Com os trabalhos a «decorrer a bom ritmo e dentro dos prazos previstos», tudo indica que a partir do final deste mês, o mais tardar no princípio de Novembro, já será possível circular em duas faixas de rodagem para ambos os sentidos na quase totalidade daquele percurso de 34 quilómetros, indica a mesma fonte da Lusoscut. Quanto à nova ponte sobre o Rio Côa, o prazo previsto para a sua conclusão é Maio de 2004, daí que até àquela data os automobilistas sejam obrigados a circular numa só faixa. O outro troço que vai a servir a Guarda, neste caso até Mangualde, que ainda se encontra em «fase de projecto», deverá começar a ser duplicado em Janeiro de 2004, conta a fonte da empresa concessionária, acrescentando que a construção por fases se encontra «dentro do planeado». Se tudo correr conforme o previsto, a duplicação total do IP5, entre Vilar Formoso e Albergaria-a-Velha, que representa um investimento global de 50,3 milhões de euros numa distância de 166 quilómetros, deverá ficar concluída em Junho de 2006.
Da extensão total que se encontra a ser intervencionada, a Lusoscut vai duplicar 50 quilómetros do actual traçado e proceder à construção nova, com abandono do actual traçado, de 67. A concessionária prevê ainda o aproveitamento do actual traçado num sentido de circulação em 40 quilómetros, bem como a construção de um traçado variante no sentido contrário, exactamente com a mesma distância. Nota ainda para os cinco quilómetros do lanço do IP1 entre Albergaria e o nó do IC2 que já estão concluídos. Entretanto, na última segunda-feira, Carmona Rodrigues, ministro das Obras Públicas, foi a Viseu garantir que o troço entre Boaldeia e Mangualde vai passar a Sul da cidade, para além de incluir um nó de ligação ao Parque Industrial de Coimbrões, conforme reivindicado por Fernando Ruas, autarca local. Este troço, que deverá ficar concluído até Setembro de 2005, foi alvo de polémica nos últimos tempos. Primeiro, os proprietários das vinhas da região do Dão opunham-se à passagem da estrada pelas suas terras, depois pelos moradores da zona do “Caçador”, que temiam que a escolha do traçado contemplasse a passagem em cima das suas casas.
Ricardo Cordeiro
