A Direção da Organização Regional da Guarda (DORG) do PCP considera que a CDU obteve um «importante reforço eleitoral, tendo mais votos e mais percentagem na soma para todos os órgãos» nas últimas autárquicas no distrito.
Na reunião do passado sábado, o órgão distrital dos comunistas recorda que a coligação formada por “Os Verdes” e PCP conquistou dez mandatos em sete Assembleias Municipais – mais um que em 2009 – e elegeu 23 candidatos em Assembleias de Freguesia «num quadro de significativa redução de mandatos face à extinção de freguesias, conquistando novamente a maioria na freguesia de Almeida». Para a DORG, o «aumento significativo» de votação e/ou percentagem em concelhos como Almeida, Guarda, Seia e Gouveia confirmam esse reforço, que também se verifica «em todos os concelhos do distrito, mesmo onde tem menor expressão, caso de Sabugal, Celorico da Beira, Vila Nova de Foz Côa, Manteigas ou Trancoso».
Além do processo eleitoral, os comunistas da Guarda voltaram a criticar as medidas de austeridade aplicadas pelo atual Governo e condenou a intenção de fechar dez repartições de Finanças no distrito, uma medida que classificam de «absurda, desligada da realidade e dos interesses e direitos das populações». A DORG alertou ainda para «os perigos» do decreto-lei de Arborização e Repovoamento Florestal, dizendo que «vem ao encontro de reivindicações do monopólio da indústria da pasta de papel quanto à necessidade de aumento da produção de eucalipto. Pretende-se, assim, abrir a porta para que a produção florestal de crescimento rápido se sobreponha à necessidade de redução de dependência em produções estratégicas como os cereais ou a carne, ou mesmo em produção de madeira de maior valor acrescentado», afirma o PCP da Guarda.
