A Escola Superior de Tecnologias e Gestão, do Politécnico da Guarda, foi a grande “vítima” da entrada em vigor da nota mínima de 9,5 valores nesta primeira fase de acesso ao ensino superior. Das 345 vagas disponíveis, a ESTG apenas conseguiu ocupar 89, um número que compromete seriamente o futuro da escola. Tanto mais que um dos novos cursos propostos para este ano só cativou três alunos. Inversamente, a Escola Superior de Saúde fez o pleno e preencheu a totalidade das vagas (110) atribuídas para o ano lectivo 2005/2006.
O ano voltou a começar mal para o Instituto da Quinta do Zambito devido sobretudo às alterações no sistema de acesso ao ensino superior. O IPG contava com mais 30 vagas (799) que em 2004, mas no saldo final há 385 que continuam livres para a segunda fase de candidaturas. O caso mais paradigmático aconteceu na já sacrificada ESTG, literalmente preterida pelos futuros estudantes. O director, Constantino Rei, explica a situação com o facto de serem cursos em que a matemática e a física são determinantes: «É um problema geral», garante, admitindo também alguma influência da nota mínima. Mais problemática é a fraca procura do curso de Tecnologias e Design do Equipamento, uma das apostas da escola. É que das 30 vagas atribuídas só três foram preenchidas. «Vamos esperar pela segunda fase, ou então vamos ter que repensar alguma coisa», refere o director, dizendo-se igualmente preocupado com o “score” de Engenharia Civil e Engenharia Topográfica, que ficaram desertos. Em contrapartida, Constantino Rei está satisfeito com o «quase pleno» de Gestão de Recursos Humanos, onde sobraram apenas três vagas.
Em Seia também houve uma grande desilusão, já que a nova aposta, o curso de Tecnologias de Informação em Turismo, com 25 vagas, só preencheu duas, enquanto os restantes (Gestão Hoteleira e Turismo e Lazer) continuam aquém do desejável. Há então por ocupar na Escola Superior de Turismo e Telecomunicações 48 lugares dos 104 atribuídos. No campo dos vencedores permanecem a Escola Superior de Educação da Guarda e a Escola Superior de Saúde. A primeira volta a protagonizar uma boa procura, já que consegue preencher 159 das 240 vagas atribuídas, enquanto a licenciatura de Professores do Ensino Básico, variante de Português e Inglês, reaberta este ano com 15 vagas, parece estar irremediavelmente acabada, uma vez que não teve alunos. Na segunda, onde estão os cursos da moda, o êxito foi total, com 100 por cento das vagas preenchidas.