1. Treinador do Ano. Os visitantes da página da Internet da UEFA atribuíram a José Mourinho o título de treinador do ano. Mourinho recebeu mais de 60% dos votos, deixando a larguíssima distância Marcelo Lippi da Juventus (15%) e Carlo Ancelotti do AC Milan (10%). No domínio dos jogadores também cabe destacar o primeiro lugar alcançado por Paulo Ferreira (37%), o abnegado lateral direito, que deu nas vistas aquando da participação na taça UEFA. Em segundo ficou Thuram, da Juventus (25%) e em terceiro, Zanetti, do Inter de Milão (15%).
Logo que se souberam as votações, as manchetes dos jornais e mesmo as aberturas dos telejornais não deixaram escapar a “caixa”. Com toda a pompa e circunstância foi anunciado o feito como se da conquista dos mares de tratasse.
Numa análise à primeira e levando em linha de conta as óptimas e inesperadas classificações dos jogadores portistas (também Derlei e Ricardo Carvalho ficaram em posições cimeiras) parece-me não andar longe da verdade se disser que os votantes terão sido maioritariamente portugueses. Eventualmente amigos Mourinho (o qual já admitiu que votou em si mesmo), e de adeptos do FCPorto. Foi clickar até mais não. É por estas e por outras que se calhar agora o Ministério da Educação até quer deixar de pagar a ligação à rede nas escolas!
2. O Benfica. Se houvesse um inquérito do tipo do que foi feito pela UEFA em Portugal seria o clube do ano. No entanto, a razão do seu número de adeptos só encontra paralelo na quantidade de desilusões que tem proporcionado ao longo dos últimos jogos. Não sei se é malapata, bruxedo ou feitiçaria. Mas até quando as coisas parecem bem encaminhadas há-de surgir um percalço, um penálti, uma fífia, que deita tudo a perder. Camacho, na sua maneira de ser frontal, sem papas na língua, veio agora dizer que o problema é que no Benfica falta dinheiro e falta paciência. Talvez até tenha razão. Mas e quanto ao facto de os jogadores não correrem e de a equipa não jogar, de quem será a culpa? Para início do ano do centenário não poderia ser pior. Agora resta acreditar que as coisas só podem melhorar.
3.Nandrolona. Depois de alguns escândalos, como o do lendário Carl Lewis, agora foi a vez de John McEnroe, o famoso tenista dos anos 70/80 (lembram-se dos jogos com o Bjorn Borg?), vir denunciar aquilo de que há muito se vinha falando. O doping, sob a forma de esteróides anabolisantes eram já uma prática habitual nos seus tempos de jogador. Segundo Mc Enroe davam-lhe, sem ele o saber, os mesmos esteróides que eram utilizados nos cavalos. A nandrolona é um derivado da testosterona tem como efeito o aumento da massa muscular, do peso e da resistência física dos atletas. Acelera a produção de ATP, a base energética que os músculos utilizam para transformar em movimento. Para o leitor ter uma ideia, os atletas com nandrolona ficam como aqueles bonecos em que a pilha nunca mais acaba.
Esta denúncia de Mc Enroe vem somar-se a outros casos, quer do atletismo, quer do futebol, quer do ciclismo, e vem agravar o clima de suspeição. E isto quando falta cada vez menos tempo para o inicio dos Jogos Olímpicos. Vai ser difícil escapar à suspeição, principalmente quando as prestações forem de um nível superior.
Por: Fernando Badana