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Discurso ao país

República

Tenho apenas quinze anos e muito pouco percebo da vida adulta, das suas dificuldades e responsabilidades. Apenas me deparo com os noticiários, e vejo constantemente notícias sobre o descontentamento da população em geral, incluindo aquela a que se denomina «geração à rasca». Esta geração reivindica o direito ao emprego, o fim da precariedade, a melhoria das condições de trabalho e o reconhecimento das qualificações. A taxa de desemprego entre jovens dos 24 aos 30 anos é muito elevada, o que levou a que esta geração de desempregados, trabalhadores subcontratados e estagiários fosse para a rua mostrar a sua indignação aos representantes do nosso país, mostrar que, efetivamente, se encontra «à rasca». Portugal tem a geração mais qualificada de sempre e, no entanto, muitos profissionais têm de procurar oportunidades de emprego no estrangeiro.

Ver uma geração jovem e qualificada em dificuldades profissionais faz-me, por vezes, estar receosa do meu futuro. Nós, jovens, temos uma vida despreocupada, muitas vezes sem pressentir as dificuldades que iremos ter depois da «boa» vida de estudantes.

Nos dias que correm, fala-se bastante de crise e de austeridade. É devido a isso mesmo que devemos lutar, em busca de dias melhores. É preferível combater por melhores condições de vida do que ficar impávido como os cobardes que não lutam, mas que também não alcançam vitórias. A liberdade faz parte de todos nós. Devemos lutar por aquilo a que temos direito; devemos dizer NÃO àquilo que está errado; devemos mostrar que temos vontade própria e não somos meros figurantes na vida enquanto cidadãos e portugueses; somos nós que fazemos Portugal. Lutemos, então, por um Portugal melhor.

Beatriz Almeida (10º B)

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