A diretora regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro, disse ontem no Parlamento estar de «consciência tranquila» sobre as declarações que fez a propósito dos apoios públicos às artes naquela região e recusou demitir-se do cargo.
As afirmações foram feitas em resposta a acusações dos deputados do PCP e do BE, na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, sobre as declarações proferidas há um mês, em Leiria, quando elogiou uma companhia de teatro que «não pedia dinheiro» ao Estado. «Tenho a consciência tranquila e não me demitirei», disse Celeste Amaro, que foi ouvida na sequência de um requerimento do grupo parlamentar do PCP. Na terça-feira, as distritais do Bloco de Esquerda da região Centro exigiram que o ministro da Cultura demita de imediato da diretora regional de Cultura do Centro, que é esposa de Álvaro Amaro. Os protestos deram origem a uma petição e os coordenadores distritais do BE de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Santarém e Viseu vieram a terreiro afirmar que Celeste Amaro «demonstrou não saber estar à altura da dignidade do cargo para o qual foi nomeada».