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Directores do TMG esclarecem

Tendo em conta os comentários feitos na última semana em relação a um relatório de que somos autores, acerca da actividade do TMG durante os primeiros três meses de funcionamento, vimos por este meio prestar os seguintes esclarecimentos:

– O relatório foi solicitado pelo Executivo Camarário. Quem o terá solicitado no Executivo, terá partido do princípio de que seriam importantes os dados referentes aos três primeiros meses. A Direcção do TMG não teria produzido espontaneamente este relatório por achar que três meses não é tempo suficiente para qualquer avaliação credível. No entanto, correspondeu ao que lhe foi solicitado.

– No relatório adverte-se para a provável utilização demagógica do seu conteúdo, o que acabou por se verificar, visto que os números foram usados para comentários que extrapolavam claramente o que era dito no mesmo, isto, apesar de todos os esclarecimentos terem sido prestados pelo Sr. Presidente da Câmara, no sítio certo. Os comentários proferidos fora do contexto do Executivo induziram na opinião pública uma ideia errada do que está escrito no pequeno relatório.

– Reafirmamos que, segundo o relatório, o TMG nos três primeiros meses teve 28.539 utilizadores. No documento indica-se a sua distribuição: 16397 assistiram a espectáculos ou exposições, 205 participaram em acções do serviço educativo e 11.937 frequentaram o Café Concerto. Tudo dito com a maior clareza e sem qualquer demagogia!

– O Café Concerto é parte integrante do TMG (é, aliás, o espaço âncora de captação, informação e fidelização do público). Este espaço tem uma orientação que se integra no todo que é o TMG. Não contar os utilizadores do Café Concerto seria sonegar informação.

– No relatório indicamos como chegámos a estes números. Citamos: “em relação aos espectáculos e ao serviço educativo foram obtidos através da extracção de relatório dos meios informáticos da bilheteira. O número dos visitantes da galeria de arte foi obtido através de registo feito manualmente pelas assistentes desse espaço. O número de frequentadores do Café Concerto corresponde a um cálculo baseado (sic) nos talões de consumo, com devida ponderação (sic).”. Noutra parte do documento diz-se que em relação ao Café Concerto se trata de uma “estimativa”. Em nenhuma circunstância se recorreu ao raciocínio propagado de “1 talão=1 pessoa”, até porque, na maior parte dos casos, 1 talão corresponde a várias pessoas (1 mesa). Fez-se pois análise ponderada do consumo, estimando o número de frequentadores e dizendo sem ambiguidades que se tratava de uma “estimativa” (que contém em si, a possibilidade de os números pecarem por excesso ou por defeito). Uma estimativa é…uma estimativa, pelo que não entendemos como poderá servir de pretexto para análises populistas, desviando a atenção do assunto principal. Doa a quem doer, os números do TMG foram positivos e todos devíamos estar satisfeitos com isso. Assistimos, no entanto, nos últimos dias, a um lamentável exercício de “auto flagelação”, como se houvesse pessoas na Guarda que, surpreendidas com o elevado número de frequentadores, desejassem, paradoxal e perversamente, que os números fossem inferiores.

– Fazendo as contas dos dados sobre o Café Concerto, verificamos que, em três meses, usaram aquele equipamento cultural, 143 pessoas por dia, o que é absolutamente verosímil.

– Em nenhuma circunstância se diz no relatório que houve uma taxa de ocupação de 41% , no Café Concerto. Trata-se, pois de uma invenção. Se se querem referir aos espectáculos do grande e pequeno auditório, elas variam muito, consoante os espectáculos (houve várias sessões de 100%, mas isso é omitido). Recusamo-nos, pois, a discutir de forma avulsa, indocumentada e populista, as taxas de ocupação. Fá-lo-emos no sítio certo e não usaremos os jornais para discutir um assunto que requer uma análise global credível, que envolva técnicos e políticos.

– Como é do conhecimento geral, não nos compete instalar, na cidade, sinalética e mobiliário urbano (“mupis”) para cartazes que indique o TMG e as suas actividades. O desconhecimento deste facto é preocupante. Assim, informa-se que por diversas vezes solicitámos à Câmara Municipal a instalação desses equipamentos.

Finalmente, uma outra explicação:

– A candidatura de Joaquim Valente alugou as instalações do TMG para apresentação dos seus candidatos. Qualquer outra organização (política, empresarial ou outra) o poderá fazer, o que, aliás, já aconteceu. As tabelas com o tarifário foram aprovadas em reunião do Executivo Camarário e desde o início foi anunciado que as instalações do TMG deveriam servir também para congressos e outras actividades, desde que não colidissem com a programação cultural. Chama-se a isto, rentabilizar os meios disponíveis.

Claro que o número de assistentes conta para a estatística geral do TMG. Os números correspondem a pessoas. Serão incluídos, claro, no capítulo de “actividades promovidas por outras organizações”.

(…)

O director artístico

Américo Rodrigues

O director financeiro

Francisco Dias

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