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«Dificilmente estaria a ocupar estas funções se não tivesse sido presidente da AAUBI»

Cara a Cara – Jorge Jacinto

P – Que balanço se pode fazer do 3º Congresso das Casas do Benfica que decorreu na Covilhã?

R – Foi extremamente positivo porque marcou o arranque de muitas iniciativas que o clube tem previstas para as Casas do Benfica. O Congresso realizado na Universidade da Beira Interior serviu para avançarmos com a implementação de muitos processos relativamente às novas mais-valias que as Casas do Benfica vão ter no futuro. Vamos implementar um sistema em rede de todas as Casas do Benfica e isso permitirá que os sócios do clube possam usufruir de um conjunto de descontos em todas as Casas. Por exemplo, uma pessoa do Fundão, Covilhã ou Monção que tenha as quotas em dia e que não usufrui de descontos diretos porque está longe do Estádio pode usufruir de descontos em todas as Casas do Benfica porque a leitura do seu cartão vai permitir ver se a quota está em dia e vai ter descontos em merchandising, na compra dos bilhetes ou mesmo na restauração.

P – A adesão do público da região às diversas iniciativas foi a esperada?

R – Foi, foi perfeito. Estamos numa altura de férias, mas a águia Vitória, que percorreu as escolas do concelho da Covilhã e também esteve no Fundão, foi recebida por centenas de crianças e os próprios pais também estiveram presentes. Mesmo a sessão de autógrafos que houve no Serra Shopping e a iniciativa da mesa redonda na Universidade tiveram bastante público e é um sítio onde o fervor benfiquista se sente. Estiveram cerca de 400 pessoas que vieram de todo o mundo para participar nos trabalhos a que se juntaram os benfiquistas que quiseram participar nas diversas iniciativas.

P – Houve alguma razão especial que levou à realização do Congresso na UBI?

R – Dificilmente se encontrará pelo país instalações com a qualidade que a Faculdade de Medicina da UBI oferece e isso foi a principal razão. Por outro lado, a UBI está inserida numa cidade com fáceis acessos e o interior nesta altura tem uma oferta hoteleira mais barata em virtude de ser a época baixa nesta zona. Depois, o total apoio da UBI que facilitou e nos cedeu as instalações também pesou para conseguirmos fazer um Congresso com uma qualidade muito acima da média.

P – Há muito benfiquista nesta zona do país?

R – Sim, esta é uma zona de elevada massa benfiquista e só o concelho da Covilhã tem quatro embaixadas benfiquistas. Gostava também que os benfiquistas na Guarda se voltassem a reunir para abrir a Casa do Benfica na cidade, que já está fechada há alguns anos. Mas isso só os benfiquistas da Guarda é que poderão avançar e nós, Benfica, estamos totalmente disponíveis e queremos ajudar neste projeto.

P – Como é que um antigo presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior chega a Diretor do Departamento de Casas do Benfica?

R – Para já é um orgulho. São duas instituições que se representam com orgulho. O ter num fim-de-semana conseguido juntar a UBI e o Sport Lisboa e Benfica é para mim muito especial e acho que é importante que todos os alunos que passam nas instituições possam voltar e ajudá-las a serem mais conhecidas e fortes. Eu já cumpri a minha parte. Agora, tudo o que se possa fazer pela UBI e que eu possa ajudar obviamente que marcarei presença, até porque a AAUBI e a UBI são uma escola de vida e acho que dificilmente estaria a ocupar as funções que ocupo, com a experiência que é necessária, se não tivesse podido usufruir do ensino de qualidade que tive na UBI, mas depois também principalmente pelo apoio que houve da instituição e dos seus intervenientes aquando das minhas responsabilidades enquanto presidente da AAUBI.

P – Continua a interessar-se pela instituição e também pela própria UBI?

R – Claro. Um ubiano será um ubiano para sempre, mas não nos podemos esquecer do passado e, se nós ajudarmos todos um bocadinho, a universidade tem grandes possibilidades de vingar. Não estou a fazer favor nenhum, dizendo que das muitas instituições que foram pensadas para acolher este Congresso, nenhuma chegou tão perto da qualidade que a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI tem com condições absolutamente fantásticas e depois houve algo que me deixou ainda mais satisfeito. É que os vários alunos que estiveram connosco e que disseram sim a alguns projetos que apresentámos como foi a realização da televisão interna do Congresso, do jornal ou mesmo coisas muito simples como foi a credenciação, mostraram que estão muito bem preparados. O grupo de 12 alunos que esteve connosco foi fantástico. Uma das próximas iniciativas que vai ser feita entre o Benfica e a UBI é mesmo a assinatura de um protocolo para a realização de estágios profissionais e curriculares no clube.

P – Como tem visto a sua evolução ao longo dos últimos anos?

R – Foi com bastante tristeza que passado algum tempo de ter saído, a AAUBI perdeu a força que amealhou durante vários mandatos em que se foi afirmando na cidade e em termos nacionais. É com satisfação que vejo o trabalho que, principalmente, os atuais órgãos sociais têm feito. Têm feito um trabalho extraordinário e estão a colocar novamente a AAUBI no sítio onde merece e o Pedro Bernardo está de parabéns. Relativamente à UBI, é uma instituição que tem a particularidade de estar a duas horas de todo o lado e a facilidade de estar no centro da Península Ibérica. Agora, há que saber aproveitar tudo o que aí vem, com os novos desafios, quer da PT, quer de tudo o que possa girar à volta deste projeto magnífico que está a ser criado na Covilhã e a UBI está preparadíssima para isso.

Jorge Jacinto

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