Este jornal publicou, no dia 4 de Maio, uma notícia que dava conta de um acto de poluição no Rio Távora, com o título “Poluição no Rio Távora preocupa Aguiar da Beira”. Nessa notícia fez-se alusão expressa a esta empresa como sendo a suspeita em actos de poluição, daí a necessidade do seguinte esclarecimento.
Aguiar da Beira não está preocupada com a poluição do rio Távora, o qual, aliás, apenas percorre terras do concelho, durante um curtíssimo trajecto, pois grande parte do mesmo atravessa os municípios de Trancoso e Sernancelhe. A preocupação dos aguiarenses no tocante a poluição é feita pela própria Câmara, que não faz tratamento e/ou faz um tratamento deficiente de todos os efluentes municipais. Aguiar da Beira é um esgoto a céu aberto que segue livremente para os cursos de água.
Os senhores autarcas que se apresentam como paladinos de preocupações ambientais não estão, pois, a pensar no Ambiente, mas sim no incómodo que lhes tem sido causado pela presença no executivo camarário de uma vereadora eleita pelo PS e que, por coincidência, é accionista desta empresa. Há pois que pôr as coisas no seu devido lugar, dado que esta empresa não efectuou descargas, não poluiu, nem polui o rio e só por isso tem sido absolvida sistematicamente quando denúncias malévolas lhe têm causado o desconforto de responder em tribunal.
1. A Lactovil, S.A. tem instalados os mais modernos equipamentos de produção e transformação de lacticínios e cumpre escrupulosamente as normas ambientais.
2. Constitui uma grosseira e leviana difamação a imputação de que possa ter poluído o Rio Távora
3. Tem sido vítima de campanhas e actuações desta natureza, que depois em tribunal se têm esboroado por comprovadamente serem destituídas de qualquer fundamento
4. Cumpre esclarecer o seguinte, que demonstra não ser esta a empresa a autora dos atentados denunciados:
a) A Lactovil não efectuou quaisquer descargas de afluentes (…);
b) Os efluentes uma vez tratados nas lagoas, não têm a cor leitosa de que fala a notícia, mas são incolores;
c) Pelo contrário, os peixes apareceram mortos apenas em Ponte do Abade, ou seja, a 20 km da Lactovil e não em todo o trajecto do rio (…);
d) Há informações seguras de ter sido visto um camião autotanque, já por mais de uma vez, a fazer descargas nas imediações de Ponte do Abade (…).
O Conselho de Administração da Lactovil, Trancoso
Nota da Redacção:
Na notícia em causa não é referido, em parte alguma, que a Lactovil é responsável por aquele descuido ambiental na zona de Ponte do Abade. A empresa só é citada por causa de outra situação de poluição no rio Távora, noticiada por “O Interior” em Dezembro do ano passado, junto à localidade de Montes, na freguesia de Santa Maria (Trancoso).