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Detetor de caixas negras a caminho do Índico

Os objetos avistados e recuperados ontem pela China não pertencem ao Boeing 777-200 das linhas aéreas da Malásia. Numa corrida contra o tempo, o navio australiano Ocean Shield navega para a área de buscas.

Passaram 22 dias. Ponto de situação: não há vestígios do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines. Nenhum dos objetos recolhidos ontem do oceano Índico, por um navio chinês, pertencem ao avião desaparecido.

A confirmação deitou por terra o sinal de esperança emitido sábado após o avistamento de três objetos suspeitos por um avião da Força Aérea chinesa, a 1850 quilómetros a oeste da costa litoral da cidade australiana de Perth.

A Autoridade Marítima de Segurança Australiana (AMSA) – que comanda as operações de busca e salvamento – diz tratar-se de lixo, provavelmente de pesqueiros.

Meios aéreos e navais de vários países “varrem” a zona de buscas delimitada em 319 mil quilómetros quadrados. Nesta corrida contra o tempo, a operação internacional vive ainda à mercê da meteorologia. Por enquanto, as condições permitem a sua manutenção, embora estejam previstas chuvas e nuvens baixas.

A caminho da região está já o navio australiano Ocean Shield que tem a bordo um detetor de caixas negras e um veículo submarino. A preocupação de que o mistério nunca seja resolvido adensa-se com uma contagem decrescente: as baterias das caixas negras duram até trinta dias. O avião está desaparecido há 22 dias.

Partiu a 8 de março de Kuala Lumpur sob o código MH370 com 239 pessoas a bordo, mas nunca chegou ao seu destino, a capital chinesa, Pequim. O governo da Malásia assumiu a versão oficial de que o aparelho se despenhou no sul do Índico, o que levou de imediato a China a questionar o anúncio e pedir “provas”. O que aconteceu ao avião? A pergunta continua sem resposta.

Entretanto, o grupo de coordenação conjunto baseado em Perth para as operações de busca tem um novo líder – o marechal Angus Houston, antigo chefe da Força Aérea da Áustrália.

«Elevada experiência pessoal e grandes qualidades colocadas ao serviço do país com distinção», destacou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.

O novo grupo irá «trabalhar no reforço do trabalho que tem sido desenvolvido fortalecendo a ligação a todas as partes relevantes incluindo familiares dos passageiros», adiantou Abbott.

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