À entrada para este desafio, o Desportivo de Gouveia já sabia que o Souropires, líder da classificação, tinha somado os três pontos ao vencer o Mileu, em jogo antecipado. Por isso, a formação anfitriã tinha sobre si alguma pressão dada a necessidade de vencer para não perder o contacto com o primeiro classificado.
Assim, o Gouveia entrou mais possante, coeso e com ligação perfeita entre todos os sectores. O Sabugal, ao aperceber-se do poderio do adversário, foi obrigado a recuar na tentativa de explorar jogadas de contra-ataque. Mesmo assim, as linhas de passe eram cortadas quase sistematicamente. O domínio da formação caseira ganhou expressão aos 25’. Na sequência de um pontapé de alívio, a bola foi direitinha para os pés do rápido Rebelo. O extremo do Gouveia passou por Pires e, depois de uma defesa incompleta de Tiago, ainda teve tempo para rematar para o fundo da baliza. A perder por uma bola a zero, a resposta do Sabugal foi ténue e lenta. Ainda assim, à passagem da meia-hora, Tó Zé, na cobrança de um livre, obrigou Miranda a espectacular defesa. Na resposta, e também de bola parada no lado direito do ataque gouveense, o esférico foi bombeado para a área onde apareceu Quim Teixeira a elevar-se melhor que a defesa contrária e a cabecear de forma irrepreensível para o segundo golo.
A partir daqui, o Gouveia passou a controlar o jogo e a gerir o resultado. Na segunda parte, cinco minutos depois do intervalo, registou-se uma combinação perfeita entre Patrício e Rebelo, com o ponta-de-lança gouveense a rematar forte, cruzado e rasteiro, fora do alcance do guardião Tiago. O Sabugal só veio a reduzir já em cima do minuto 90. Foi numa jogada de insistência, com Jorge a rematar com a bola a ficar nos pés de Nuno que, à entrada da área, não teve dificuldade em bater Miranda. O trabalho do trio de arbitragem esteve em bom plano.
António Fonseca, “Jogo Limpo”, Rádio F
