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Deputados socialistas defendem maternidade

Pina Moura considera que serviço principal deve ficar na Guarda

Os deputados do PS eleitos pelo circulo da Guarda, Pina Moura e Fernando Cabral, defenderam, segunda-feira, a continuidade da maternidade do Hospital Sousa Martins no âmbito do reordenamento da rede daqueles serviços nos hospitais da Beira Interior. A posição foi comunicada aos jornalistas após reuniões realizadas com a coordenadora da Sub-Região de Saúde da Guarda e a administração do hospital.

Segundo Pina Moura, no eixo Guarda-Covilhã-Castelo Branco, a maternidade do Sousa Martins é a que «reúne melhores condições para continuar a funcionar». Referiu ainda que no caso da Guarda ocorrem anualmente 800 partos, enquanto que no Centro Hospitalar da Cova da Beira (Covilhã) ocorrem 500 partos e no Hospital Amato Lusitano, de Castelo Branco, registam-se 400 partos. «Não encontramos solução que não passe pela manutenção da maternidade da Guarda. Há todas as razões técnicas que justificam que, num eventual reordenamento dos hospitais, a maternidade fique na Guarda, independentemente de continuar [ou não] com as dimensões que tem», expressou. Disse ainda que existem no hospital guardense 20 obstetras que garantem o serviço 24 horas/dia, um neonatologista, oito pediatras, um anestesista, 17 enfermeiros especialistas e «todo um conjunto de equipamentos e especialidades necessárias ao desenvolvimento desta actividade». Por isso, entende não haver «nenhuma razão técnica nem de eficiência de recursos» que justifique o fecho da maternidade da Guarda.

Pina Moura admitiu, porém, que «haja um reordenamento de equipamentos, de instalações, de rede», mas sublinhou que «a análise dos critérios técnicos não dá nenhum argumento para a não manutenção, mas dá todos os argumentos para defender a sua continuação na Guarda». E lembrou que o Hospital da Guarda «garante em regime de permanência, 24 horas por dia, os recursos humanos especializados necessários a que essa cobertura seja feita de uma forma absoluta». O deputado socialista considerou também que numa rede de maternidades da Beira Interior, «tudo faz sentido desde que a maternidade principal, com o volume de partos que são feitos, com os equipamentos e com os recursos humanos que existem, fique situada na Guarda». Uma posição que vai ser transmitida ao ministro da Saúde, numa reunião com carácter de urgência que os parlamentares pretendem solicitar para debater esta questão.

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