Os deputados do PS e PSD, eleitos pelo distrito da Guarda, manifestaram-se na última segunda-feira contra a criação de portagens na futura A25. Os socialistas, juntamente com os responsáveis do PS dos distritos de Aveiro e Viseu, reuniram-se na Guarda com a presidente da Câmara, o NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda e a Associação Comercial local, concluindo que este novo imposto é um «abuso e um erro desnecessário». Segundo um comunicado, o PS considera que o actual Governo «não consegue gastar o que orçamenta para a rodovia» e tem vindo a diminuir um orçamento «que deveria ter mantido, não gastando o pouco que orçamentou» para o sector. Pegando no exemplo da Autovia Salamanca-Portugal, que não terá portagens «para estimular as pequenas economias do interior fronteiriço», os socialistas querem saber por que motivo o Governo introduz portagens no IP5 «castigando as pessoas em geral e os agentes económicos em particular», adiantando, desde já uma resposta: «Este novo imposto de portagem, somado às receitas de 30 anos da CREL, mais não é do que uma tentativa simples de mascarar o défice em cada final de ano». Já os deputados do PSD também defenderam a isenção de portagens na futura auto-estrada como uma medida de «justiça e discriminação positiva» para o distrito da Guarda. Os parlamentares social-democratas entendem que a A25, à semelhança da A23, representa, em termos de acessibilidades ao distrito da Guarda e de acesso à Europa, uma «via estruturante» para o desenvolvimento sustentado de toda a região. Por isso, requereram no Parlamento que o ministro informe «quais as medidas de discriminação positiva que irão ser adoptadas para o interior, designadamente ao nível da A25».
