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Deputados chumbam revogação das portagens pedida pelo PCP

Eleitos pelo distrito da Guarda seguiram disciplina de voto e apresentaram declarações de voto

Como seria de esperar, a revogação do decreto-lei que institui a cobrança de portagens na A22, A23, A24 e A25 foi chumbada por maioria na Assembleia da República.

Os deputados do PSD, CDS e PS votaram contra a proposta do PCP, mas os eleitos pelo distrito da Guarda apresentaram declarações de voto, Os sociais-democratas Manuel Meirinho, Carlos Peixoto e Ângela Guerra seguiram a disciplina de voto da bancada, mas justificaram a sua posição. O mesmo aconteceu com o socialista Paulo Campos, ex-secretário de Estado das Obras Públicas. Contudo, seis deputados do maior partido da oposição votaram favoravelmente a apreciação parlamentar apresentada pelos comunistas, entre os quais André Figueiredo (natural de Seia, mas eleito pelo Porto), Fernando Serrasqueiro e Hortense Martins (ambos eleitos por Castelo Branco). Caiu assim por terra o apelo à «coerência» dos parlamentares eleitos pelos distritos atravessados por estas auto-estradas. O comunista Paulo Sá tinha-os desafiado a saírem da «zona de conforto» e a assumirem em Lisboa «as consequências daquilo que andam a defender nos vossos distritos! Se lá dizem ser contra as portagens, aqui só podem votar contra as portagens!», apelou.

De resto, o PS aproveitou o debate para desafiar o Governo a rever em baixa o preço do quilómetro nas autoestradas do interior, mas a sugestão foi rejeitada «por agora» pelo secretário de Estado dos Transportes. Em contrapartida, Sérgio Monteiro anunciou que os pesados vão beneficiar de um desconto conforme a hora de viagem, sendo de dez por cento durante o dia e de 25 por cento à noite, de acordo com uma portaria a publicar no início do ano.

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