A Direção Geral do Orçamento adianta que no último mês o valor do défice triplicou de 2,1 para 6,1 mil milhões
O aumento dos custos com os juros e a regularização de compromissos anteriores explicam em parte a degradação das contas públicas em junho, fazendo o valor do défice triplicar de 2,1 para 6,1 mil milhões, explica a Direção Geral do Orçamento (DGO).
«A receita efetiva cresceu 4,8 por cento em junho, desacelerando 2,1 pontos percentuais relativamente ao mês precedente, enquanto a despesa efectiva apresentou uma variação homóloga de -3,4 por cento, decréscimo menos acentuado do que o observado no mês de maio, por efeito da inversão do comportamento da despesa com juros e outros encargos e da regularização de responsabilidades de anos anteriores», explica o boletim de execução orçamental da DGO.
Relativamente aos primeiros seis meses, constata-se também que «em comparação com o período homólogo do ano anterior regista-se uma melhoria de 1.626 milhões de euros». De acordo com o boletim relativo ao mês de maio, divulgado há um mês, «o valor provisório do défice do Estado situou-se em 2106 milhões de euros», o que mostrava «uma melhoria de 2312 milhões de euros face ao mesmo período do mês anterior».
A receita efetiva tinha crescido 6,9 por cento, o que mostrava uma desaceleração de 10,5 pontos percentuais, o que, comparado com o boletim que foi hoje divulgado, mostra um abrandamento na receita do Estado.