O secretário de Estado do Orçamento afirmou hoje que o défice orçamental até final de outubro está ainda a mais de 1.400 milhões de euros do acordado com a “troika” e garantiu 5 por cento de défice no final do ano.
«Quanto aos resultados da execução orçamental de outubro, temos um valor do défice da Administração Central e Segurança Social de cerca de 8.140 milhões de euros, mas este não é o valor que se deve comparar com os 9.030 milhões de limite. O que devíamos estar a comparar é o resultado da conta consolidada da Administração Pública no seu conjunto e não apenas da Administração Central e Segurança Social e esse valor é bastante mais baixo e situa-se abaixo dos 7.600 milhões de euros», afirmou Luís Morais Sarmento.
O governante respondia durante o debate da proposta de Orçamento do Estado para 2013 ao deputado do PCP Honório Novo, que pediu explicações ao Governo sobre as contas apresentadas na sexta-feira. «No dia 15 de novembro, na última sessão, não havia nenhuma derrapagem orçamental no último trimestre, não estava previsto, confirmava que o défice seria de 6 por cento sem ANA, e 5 por cento com ANA. (…) O que tem o Governo a dizer sobre isto, e já agora o que tem o CDS-PP a dizer sobre esta matéria, que sobre esta matéria continua mudo e calado», afirmou Honório Novo.
O secretário de Estado voltou a afirmar então a posição do Governo, que quando faltam apresentar contas relativas a dois meses deste ano em contabilidade pública continua a garantir que a meta do défice revista (de 4,5 para 5 por cento) será cumprida. «A previsão do défice que o Governo fez para 2012 mantém-se», garantiu Luís Morais Sarmento.
