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D. Manuel Rocha Felício assume cargo

Cerimónia religiosa está marcada para o próximo dia 16 na Sé Catedral

A Diocese da Guarda irá receber no próximo dia 16 o novo Bispo Coadjutor de D. António dos Santos, actual Bispo. D. Manuel da Rocha Felício, nomeado para a função pelo Papa no passado dia 21 de Dezembro, será acolhido numa cerimónia marcada para as 16 horas na Sé Catedral.

«Quero dar graças a Deus, pelo novo serviço que a partir de agora me está confiado e dizer a toda a Diocese quais são alguns dos sentimentos que me atravessam a alma», diz D. Manuel Felício na mensagem que enviou à Diocese. Embora o programa definitivo ainda esteja no “segredo dos deuses”, sabe-se que decorrerá segundo o cerimonial próprio que versa sobre a tomada de posse da diocese por parte dos bispos. Assim, será apresentado junto da porta principal da catedral, ao presidente do cabido pelo metropolita, o cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, que presidirá ao cortejo da entrada. Depois das leituras litúrgicas, D. José Policarpo convidará o novo Bispo Coadjutor a sentar-se na cátedra. D. Manuel Felício vai assumir as suas novas funções para apoiar D. António dos Santos, que, apesar da sua doença, se mantém em funções como bispo diocesano. Actualmente, a Diocese guardense tem cerca de 260 mil habitantes, incluindo a maior parte do distrito da Guarda e os concelhos da Covilhã, Belmonte, Fundão e Penamacor (Castelo Branco). Em declarações à Agência Lusa, o novo Bispo Coadjutor elogiou o trabalho de D. António dos Santos, que comemorou em Dezembro um quarto de século à frente da Diocese da Guarda, considerando-o uma «figura da Igreja» que levou o Concílio Vaticano II à região.

Afirmando-se ainda com «entusiasmo» para assumir as novas funções, D. Manuel Felício disse mesmo preferir o trabalho no interior em vez das grandes cidades. O prelado é, desde Outubro de 2002, Bispo Auxiliar de Lisboa. Natural de Viseu, onde nasceu em 1947, D. Manuel Felício foi ordenado sacerdote em 1973 e bispo em 15 de Dezembro de 2002. Em Viseu, integrou a equipa sacerdotal da paróquia de Mangualde, depois, foi na vida académica que empenhou grande parte do seu tempo. Na Conferência Episcopal Portuguesa, trabalhou no diálogo ecuménico e inter-religioso. Em Lisboa, para além de dar continuidade, entre outras coordenações pastorais, à animação do diálogo inter-religioso, acompanhou as Vigararias do Oeste do Patriarcado.

O Bispo Coadjutor é nomeado por iniciativa da Santa Sé e, ao contrário dos Bispos auxiliares, goza do direito de suceder ao Bispo diocesano quando este cessa as suas funções. «Vagando a sé episcopal, o Bispo coadjutor torna-se imediatamente Bispo da diocese para a qual fora constituído», refere o cânone 409 do Código de Direito Canónico (CDC). O decreto Christus Dominus, do Concílio Vaticano II, sobre a missão pastoral dos Bispos na Igreja, refere que «o Bispo Coadjutor, isto é, aquele que é nomeado com direito de sucessão, sempre há-de ser constituído Vigário Geral pelo Bispo diocesano». Em casos particulares, a autoridade competente poderá conceder-lhe faculdades mais amplas. Na maioria das situações, é uma necessidade especial – muitas vezes problemas de saúde – que exige que se dê ao Bispo diocesano um Bispo Coadjutor para o ajudar.

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