Os novos cursos superiores de dois anos, que vão funcionar em exclusivo nos institutos politécnicos, avançam já no próximo ano letivo, embora com menos oferta daquela que pode vir a ser apresentada, em força, em 2015/2016.
A confirmação foi dada à Rádio Renascença pelo presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato, que garante que vai ser possível fazer um teste neste ano letivo. «Será um ano de experiência, não em termos significativos no número de cursos, nem de estudantes. Mas será importante para estarmos em melhores condições no ano letivo de 2015/2016», afirmou o responsável. Até ao final deste mês, vão ser decididos os cursos a ministrar e só depois de submetidos e aprovados pela Direção-Geral de Ensino Superior (DGES) é que serão abertas as vagas nos vários politécnicos existentes pelo país. No entanto, nenhum está obrigado a candidatar-se. «Haverá instituições que não vão abrir qualquer curso, outras abrirão um ou dois e outras no máximo três cursos, que é o permitido por agora, por instituição», adianta Joaquim Mourato.
Os estudantes que se queiram candidatar a estes cursos terão uma fase de candidatura independente da que começou na semana passada para o ensino superior: «Estes novos cursos são técnico-superiores profissionais, não conferentes de grau, que estarão sujeitos a um concurso específico local, de cada instituição», explica o presidente do CCISP. A eles poderão concorrer todos os alunos que tenham o 12º ano completo ou cursos profissionais equivalentes. Poderão ainda ser admitidos os estudantes que tenham os 10º e 11º anos completos e o 12º incompleto, mas ficam sujeitos a um programa complementar proporcionado pelos politécnicos. De resto, para os alunos destes cursos o ano letivo começará mais tarde, pois só em outubro é que deverão abrir as vagas.
O objetivo do Governo era ter arrancado com estes cursos em pleno já em 2013, sendo esta uma ferramenta para, dentro de seis anos, cumprir a meta de atingir os 40 por cento de diplomados entre os 30 e 34 anos. A tutela já garantiu um financiamento de 140 milhões de euros através de fundos comunitários, estimando que cerca de 35 mil alunos venham a frequentar esta formação nos próximos anos.