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“Cry Baby” – Melanie Martinez

Opinião – Ovo de Colombo

Este mês falo da cantora Melanie Martinez e do seu álbum mais recente, “Cry Baby”. A artista de 21 anos e de nacionalidade americana conquistou a fama através da terceira temporada do programa televisivo “The Voice”, em 2012.

“Cry Baby”, primeiro álbum da cantora, foi lançado dia 14 de agosto de 2015 e baseia-se numa fantasia de si mesma que usa para transmitir alguns dos momentos mais sombrios e difíceis da sua vida, bem como algumas fantasias existentes na sua mente. Um pouco maníaco e arrepiante, no bom sentido.

“Cry Baby”, canção que dá o título ao álbum, é o primeiro tema e nele é apresentada uma pequena descrição da personagem principal dessa fantasia. É uma música com um refrão repetitivo e cativante, em que a artista canta sobre não conseguir controlar as lágrimas nas piores das situações. No segundo tema, “Dollhouse”, Melanie Martinez apresenta a vida da sua personagem “Cry Baby”. Na minha opinião, é uma das melhores músicas deste trabalho ao falar de uma família que parece perfeita, mas que, por trás das cortinas, é uma das mais disfuncionais que pode existir.

Já “Carousel”, uma das músicas mais conhecidas do álbum, principalmente por ter sido utilizada na série televisiva “American Horror Story: Freak Show”, contém um instrumental viciante com uma letra que fala sobre estar apaixonado por uma pessoa que não se consegue alcançar, daí o título. “Training Wheels”, sétimo tema, pode ser descrito como uma verdadeira música romântica, inocente e diferente dos restantes. Apesar disso, insere-se no conceito de “Cry Baby”. A canção seguinte é definitivamente forte e, provavelmente, a que causa mais impacto. Intitulada “Pity Party” e com um instrumental explosivo, a letra descreve o que se sente quando se perde a sanidade e se enlouquece. Sem dúvida, é do melhor que já vimos da artista Melanie Martinez.

Outras canções que se podem ouvir neste trabalho são “Tag, You’re it”, que fala sobre agressão sexual; “Pacify Her”, tema calmo e mais maduro em que outro lado da cantora pode ser visto; e, por fim, “Mrs. Potato Head” e “Mad Hatter”, duas músicas com um instrumental viciante que, juntamente com a voz única de Melanie Martinez, se tornam em dois dos melhores temas deste projeto. Concluindo, estamos perante um dos melhores álbuns de 2015/2016, num projeto artístico que vai além do esperado e que recomendo, pois adapta-se a quase todos os gostos musicais. Não posso também deixar de referir que a cantora vai estrear-se em Portugal a 5 de novembro, na Aula Magna, em Lisboa. No entanto, os bilhetes já esgotaram.

Susana Nevado

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