A experiência “Cruciform Theatre”, designada por muitos como «um teatro fora do tempo», agradou ao público covilhanense. Na verdade, outra coisa não seria de esperar do projecto que a Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA) abraçou em parceria com o Instituut Voor Sheppende Ontwikkeling – The Troupe for Theatre Research (Bélgica) e a companhia profissional Medea_73, de Espanha. O texto de Ruth Mandel, a partir do conto homónimo de S.T. Coleridge, e a encenação de Harvey Grossmann, o criador do conceito, arrebataram uma reacção mais do que positiva por parte do público, que de resto esgotou todas as sessões na antiga fábrica da Beira Lã. Esta é a prova viva de que afinal, e contrariando muitos mitos, existe público na Beira Interior disposto a ir ao teatro.