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Cró e Longroiva são as mais procuradas no termalismo clássico

As termas do Cró (Sabugal) e de Longroiva (Mêda) ainda não sentiram em 2011 uma quebra da procura por parte de quem recorre aos tratamentos clássicos, cuja comparticipação estatal acabou no ano passado. O mesmo já não aconteceu nas unidades de Manteigas, Unhais da Serra (Covilhã), Fonte Santa (Almeida) e Caldas da Cavaca (Aguiar da Beira), de acordo com os últimos dados do Turismo de Portugal divulgados esta semana.

Segundo aquele documento, a que O INTERIOR teve acesso, o termalismo clássico diminuiu 10 por cento em Portugal no ano passado, com 57 mil clientes, enquanto a área de bem-estar e lazer cresceu 36 por cento, ou seja, 41 mil utentes (mais 11 mil que em 2010). Há um ano, foi anunciada a suspensão dos reembolsos diretos para tratamentos termais, tendo a Associação das Termas de Portugal logo manifestado o receio de que esta decisão afetasse os doentes e as regiões onde os estabelecimentos se localizam. No termalismo clássico, os serviços são terapêuticos e indicados especificamente a um termalista, aproveitando as indicações terapêuticas da água mineral para o tratamento de problemas respiratórios, reumáticos ou de pele. O documento do Turismo de Portugal, editado em julho passado, mostra que a região Centro continua a ter o maior número de termalistas, com as termas de São Pedro do Sul a manterem o primeiro lugar da classificação dos estabelecimentos termais. Ainda assim, também esta estância registou em 2011 uma diminuição de clientes, menos 15 por cento do que em 2010.

No distrito da Guarda, as Termas do Cró foram as mais procuradas para o termalismo clássico, com 1.101 utentes em 2011, o que representa um aumento de mais de 73 por cento relativamente ao ano anterior. No ano passado, a estância do Sabugal teve 272 mil euros de proveitos só nesta área, ou seja, uma subida superior a 216 por cento quando o resultado é comparado com 2010. Já o proveito médio por inscrição foi de 247 euros. Em Longroiva também se contrariou a tendência nacional, com uma subida de 5,6 por cento comparativamente a 2010. No ano passado frequentaram as termas locais 988 pessoas, tendo gerado 172 mil euros de proveitos (mais 21 por cento que em 2010) e contribuído com uma despesa média de inscrição de 171,1 euros. Em Manteigas, as Caldas serranas perderam 17 por cento dos utentes registados em 2010 para termalismo clássico, tendo os seus serviços sido frequentados por 852 pessoas no ano passado. Apesar disso, os proveitos desta estância gerida pelo Inatel aumentou 1,4 por cento, enquanto o proveito médio por inscrição foi de 287,6 euros (mais 22,4 por cento que em 2010).

Unhais da Serra também perdeu utentes – menos 19,4 por cento que em 2010, registando 669 inscrições, e viu os seus proveitos decrescerem dois por cento, para 196 mil euros. Mas os proveitos por inscrições subiram 21,6 por cento para chegar aos 293 euros. O mesmo cenário verificou-se nas Caldas da Cavaca, onde baixaram as inscrições (652), o que foi menos 18,2 por cento que em 2010 e representou uma quebra de 4,5 por cento nos proveitos das termas aguiarenses (127 mil euros). Já os proveitos por inscrição aumentaram 16,7 por cento, para 194,8 euros. O pior resultado coube às Termas da Fonte Santa. A estância de Almeida foi a que teve menos utentes de termalismo clássico no distrito, com 591 pessoas, o que significa uma quebra de 4,4 por cento. Em termos de proveitos, obteve 100 mil euros em 2011 (menos 13 por cento que no ano anterior) e os proveitos médios por inscrição foram da ordem dos 169,2 euros, ou seja, menos 9,1 que no ano anterior.

Luis Martins Frequência das Termas de Longroiva subiu 5,6 por cento comparativamente a 2010

Cró e Longroiva são as mais procuradas no
        termalismo clássico

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