A Câmara da Covilhã pretende candidatar cerca de 50 milhões de euros em obras ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), que vai vigorar de 2007 a 2013, e que o Governo apenas vai negociar com Bruxelas a partir de Novembro. Um «atraso» que, para Carlos Pinto, prejudica o município, visto ter já um vasto leque de «projectos prontos a serem lançados a concurso público», disse o autarca na Assembleia Municipal da última sexta-feira.
Seja como for, o edil já definiu as «áreas prioritárias» que quer ver apoiadas no QREN, sendo que muitas das obras são “velhas” aspirações. Entre elas estão as duas pontes pedonais previstas no PolisCovilhã, mas que, por falta de financiamento, acabaram por ser relegadas para segundo plano. Trata-se das estruturas previstas para as ribeira da Carpinteira (entre a Rua Marquês d´Ávila e Bolama) e da Goldra. O aeroporto regional, uma das “batalhas” de Carlos Pinto nos últimos mandatos, também entra nesta lista, com o autarca a garantir «desenvolvimentos» em breve sobre a sua construção no alto do Terlamonte. O presidente anunciou, em Setembro do ano passado, a ideia de construir um aeroporto de raíz com uma pista de 2,2 quilómetros de extensão para aviões de algum porte e uma zona de expansão até três quilómetros. As acessibilidades viárias são outras prioridades, havendo prontos para candidatar «quatro milhões de euros» só em estradas. Neste conjunto, estão incluídas as circulares da Boidobra, Vales do Rio e Dominguiso, e as ligações entre a Barroca e o Rio e Ponte Pedrinha-Ferro-Peraboa.
A requalificação urbana é outra das apostas para o novo quadro comunitário, nomeadamente a reabilitação da Rua Marquês d’Ávila e Bolama, da envolvente às termas de Unhais da Serra e da zona das Penhas da Saúde. Só aqui, para onde está projectado o primeiro aldeamento de montanha, está estimado um investimento de cerca de cinco milhões de euros em obras. «Estamos em condições de avançar com estes projectos assim que tivermos financiamento», salientou Carlos Pinto, que lamenta só o poder fazer no final do ano. «O Governo vai negociar com Bruxelas apenas em Novembro. E isso coloca-nos um problema, que é o de saber quando é que vamos ter luz verde para avançar com as candidaturas», questionou.
Liliana Correia