A Assembleia Municipal da Covilhã, reunida na passada sexta-feira, aprovou por maioria uma proposta para a realização de um referendo local sobre a agregação de freguesias rurais. A proposta, que tem como primeiro subscritor o presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto, foi apresentada pelo PSD e mereceu aprovação por parte de todos os partidos à exceção do PCP, que optou pela abstenção. Os subscritores da proposta consideram que não estão legitimados para decidir sobre «uma matéria de extrema importância para as populações», e nesse sentido pretendem submeter à apreciação dos eleitores a proposta aprovada pela Assembleia Municipal, que propõe a junção das quatro freguesias urbanas da Covilhã, e a proposta apresentada pela UTRAT – Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território, que aponta para uma redução de dez freguesias no concelho. A proposta será agora sujeita à apreciação do Tribunal Constitucional.
Os eleitos municipais aprovaram também, por unanimidade, uma moção contra o novo mapa administrativo proposto pela Unidade Técnica da Assembleia da República. As decisões foram tomadas numa das mais participadas assembleias de sempre, que foi acompanhada por muitos populares de algumas das freguesias em risco, e que se prolongou durante quase seis horas.
