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Covilhã é o concelho com mais empresas criadas em 2003

Estudo do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social destaca a seguir Guarda e Fundão

Covilhã, Guarda e Fundão são os três municípios da Beira Interior que apresentaram o maior dinamismo empresarial da região em 2003, ao acolherem 68 por cento das 371 empresas criadas nesse ano. Esta é a conclusão do estudo “Sectores Emergentes e Perfis Empresariais”, recentemente divulgado pelo Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira Interior. Elaborada por Pires Manso e Rosa Maria Loureiro, esta análise, integrada no Projecto OFER – Oportunidades de Futuro para o Emprego da Beira Interior, teve como objecto as novas sociedades criadas em 2003 nos 13 concelhos que integram a Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) e na Covilhã.

De acordo com os autores do trabalho, é a Covilhã que lidera o dinamismo empresarial na região com 99 novas empresas em 2003 (27 por cento no total), seguida da Guarda com 92 (25 por cento). «Estes dois municípios alojam mais de 50 por cento das novas empresas criadas na região, o que significa que criam mais empresas que os restantes 12 municípios abrangidos no estudo», concluem. Em terceiro lugar surge o Fundão com 60 novas empresas. Em todos estes concelhos foram os sectores do comércio, actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas, construção, alojamento e restauração que mais empresas geraram. No Fundão, acrescem ainda os sectores da administração pública, defesa e segurança social obrigatória, educação, saúde e acção social. Já os concelhos de Penamacor (7), Manteigas (4) e Fornos de Algodres (3) foram os menos dinâmicos. Em Trancoso foram criadas 22 empresas, Pinhel 19, Sabugal 17, Figueira de Castelo Rodrigo 13, Almeida 10, Celorico da Beira 9, Mêda e Belmonte, 8.

Pormenorizando a análise por sectores, o estudo conclui que Mêda, Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal e Celorico da Beira são os que mais dinamismo apresentam na criação de sociedades agrícolas, enquanto Fornos de Algodres, Sabugal, Penamacor, Pinhel e Manteigas se destacam no sector da construção. Em termos industriais, Celorico da Beira aparece como o mais empreendedor, aglomerando ainda, em conjunto com Belmonte, a liderança em termos de comércio, reparações e serviços prestados às empresas. Quanto ao alojamento e restauração, a liderança vai para a Mêda, Fornos de Algodres, Manteigas, Figueira de Castelo Rodrigo. Nos transportes e armazenagem destaca-se Almeida e Pinhel, enquanto Manteigas lidera nas actividades imobiliárias, alugueres e serviços às empresas. Os mais dinâmicos em termos de actividades definidas pela CAE de “L” a “Q” (L – Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória, M – Educação, N – Saúde e Acção Social, O – Outras Actividades de Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais, P – Famílias com Empregados Domésticos, Q – Organismos Internacionais e outras Instituições Extra-Territoriais) são Penamacor e Manteigas.

Liliana Correia

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