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Covilhã assinala os 125 anos da Linha da Beira Baixa

Recriação histórica da chegada do comboio à “cidade-neve” vai contar com atores e mais de 200 figurantes na terça-feira

A 6 de setembro de 1891 o comboio chegava à Covilhã. 125 anos depois o momento da inauguração da linha da Beira Baixa vai ser assinalado, na terça-feira (18 horas), com uma recriação histórica junto à estação ferroviária da cidade.

Os reis D. Carlos e D. Amélia, João Franco, à época ministro das Obras Públicas, e seu pai, Emídio Navarro, que presidiu a Câmara do Fundão, voltam a estar presentes simbolicamente e aos atores que os vão interpretar juntam-se mais 200 figurantes. Organizada pela autarquia, em parceria com a Infraestruturas de Portugal (IP), CP, Fundação do Museu Nacional Ferroviário e várias associações locais, esta recriação histórica tem um «carácter pedagógico contextualizando a época», referiu o diretor da rede municipal de Museus, Carlos Madaleno, na conferência de apresentação do evento, lembrando que para a chegada do combo à cidade beirã «veio um contingente de infantaria com 120 homens comandado pelo general Elvino de Brito, que mais tarde vai ser um importante conselheiro de Estado, a quem a Covilhã deve muito em termos de obras públicas».

Mais de um século depois o comboio ainda é um importante meio de transporte entre a Covilhã e Lisboa, mas a ligação à Guarda encontra-se interrompida desde 2009. O presidente da Câmara recorda que o ministro das Infraestruturas garantiu que as obras na linha serão retomadas em 2017. Vítor Pereira sublinhou, no entanto, algumas necessidades: «É preciso reforçar a qualidade do material circulante, ou seja, das condições de conforto, de comodidade, segurança para os nossos concidadãos e de quem vier trabalhar ou visitar a nossa região seja transportado em carruagens condignas, confortáveis e seguras», afirmou o edil.

Ainda no âmbito dos 125 anos da Linha da Beira Baixa, a estação covilhanense vai acolher, entre terça-feira e o final do mês, duas exposições. Na ocasião será reeditado o jornal publicado a 6 de setembro de 1891, por Pedroso dos Santos, o presidente da Câmara da Covilhã na altura e Governador Civil de Castelo Branco.

Efeméride será assinalada junto à estação ferroviária a partir das 18 horas

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