A Câmara do Sabugal anunciou que tenciona construir um centro interpretativo do contrabando, da emigração e das capeias arraianas, projeto que será candidatado a fundos comunitários.
O futuro “Etnocentro – Fronteira de Memórias” custará mais de 1,5 milhões de euros e destina-se a divulgar e promover «as tradições genuínas da raia sabugalense», sublinhou António Robalo. Segundo o presidente do município, «é um projeto que persigo há dois ou três anos e que considero emblemático e potenciador da visitação ao concelho do Sabugal, mas ainda não foi possível enquadrá-lo nos fundos comunitários e ter financiamento para ele». O equipamento será «um espaço vivo e inovador» e apostará nas novas tecnologias, destacando-se, nomeadamente, um simulador do forcão «que permitirá ao visitante participar, ainda que virtualmente» numa capeia arraiana, a tradicional e emblemática lide de touros no concelho que desde 2011 está registada no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
O contrabando também estará em destaque no futuro centro interpretativo, que também vai homenagear os milhares de emigrantes que deixaram o concelho em meados do século passado. O “Etnocentro” deverá ser construido num terreno da autarquia junto das piscinas e do pavilhão municipal do Sabugal.
