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Construção da Barragem de Girabolhos pode arrancar em março

Aproveitamento hidroelétrico concessionado à Endesa no rio Mondego representa um investimento superior a 400 milhões de euros

A construção das barragens de Girabolhos (Seia) e Bogueira, há muito reclamadas, deve arrancar no mês de março, anunciou o secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos.

«É um investimento que todos estavam à espera e para o qual muito contribuíram os autarcas», disse anteontem Paulo Lemos, durante uma sessão em Nelas, um dos concelhos abrangidos por este aproveitamento hidroelétrico situado no rio Mondego.

Segundo o governante, trata-se de um investimento superior a 400 milhões de euros, que «poderá criar até mil postos de trabalho na altura de pico» da construção. Ainda que uma barragem tenha sempre impactos ambientais, Paulo Lemos lembrou que estes foram minorados através do Estudo de Impacto Ambiental. «Há que equilibrar sempre as questões do ambiente e do desenvolvimento e nós temos consciência de que esta barragem há muito era necessária», frisou, lembrando não só as necessidades da região onde se insere, mas também para que Portugal atinja as metas das energias renováveis, que são «bastante ambiciosas».

O secretário de Estado explicou que o aproveitamento hidroelétrico só entrará em funcionamento em 2018, porque antes «ainda há um período grande de trabalhos, de enchimento da barragem e de testes». A Hidromondego (empresa do Grupo Endesa) e o Estado português assinaram em setembro de 2013 o contrato de concessão relativo ao Aproveitamento Hidroelétrico de Girabolhos, situado no rio Mondego, nos concelhos de Gouveia, Mangualde, Seia e Nelas. Este aproveitamento hidroelétrico é composto por duas barragens, funcionando em regime de reversibilidade. Terá uma potência instalada total de aproximadamente 360MW e será responsável por gerar energia elétrica suficiente para o abastecimento de aproximadamente de 250 mil famílias em Portugal.

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