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Constantino Rei recandidata-se pela terceira vez

Eleições para a direcção da ESTG realizam-se dia 31

Depois do director e sub-director da Escola Superior de Tecnologias e Gestão do IPG terem batido com a porta, Constantino Rei volta a recandidatar-se à direcção da ESTG. O presidente do IPG já marcou o escrutínio para a próxima quinta-feira, dia 31. Serão as segundas eleições naquela escola em dois anos. O antigo director é por enquanto o único candidato.

Faz agora um ano que Constantino Rei se demitiu da direcção da ESTG por incompatibilidades com o presidente do IPG, Jorge Mendes. Na altura insurgiu-se contra aquilo a que chamou de «ditadura», mas a sua saída tornou claras as dificuldades em encontrar um candidato disposto a assumir aquele cargo. Os interessados não apareceram até à data limite de entrega de candidaturas e chegou-se a equacionar a hipótese de uma votação nominal. Foi quando apareceu Jorge Leão, que, no entanto, nove meses após ocupar o lugar, também se demitiu em divergência com os os professores coordenadores da ESTG. A história parece voltar a repetir-se. Mas para que não seja na íntegra, Constantino Rei preferiu avançar com uma candidatura e só depois de ter constatado entre os colegas que «não havia outros candidatos ou escolhas», explica. Será, ao que tudo indica, o seu terceiro mandato, já que foi eleito director da ESTG em 2000 e voltou a recandidatar-se, sem adversários, em 2003. Acabou eleito para mais um mandato de três anos, que não cumpriu até ao fim.

Para além do «apoio e do encorajamento» de colegas e funcionários para voltar à direcção, surge também uma vontade pessoal. «Como docente, acho lamentável que não haja nenhum candidato», acusa. Em suma, o professor de Economia está disponível para avançar por considerar que vai perfilar-se «claramente uma ausência de escolhas», mas também por querer estar de «consciência tranquila». De resto, o facto de Jorge Mendes ser o actual presidente do IPG «não pesou em nada na minha decisão», garante, acrescentando serem «coisas completamente distintas». Nem mesmo o período mais atribulado que a escola vive actualmente ensombra a sua candidatura. E até já têm novas ideias e projectos. A começar pela estabilização do corpo docente da ESTG, pelo que pretende «pôr um travão aos despedimentos dos docentes», anuncia Constantino Rei, receando que a escola não venha um dia a ter professores. A sua recandidatura tem como prioridade «a ESTG e as pessoas que lá estão».

Recorde-se que a direcção daquela escola demitiu-se nove meses depois de ter sido eleita ao fim de um conturbado processo eleitoral. Bastou o Conselho Científico dos professores coordenadores, os mais antigos da escola, recusar o alargamento do quadro daquela categoria docente para que Jorge Leão e Carlos Rodrigues colocassem os lugares à disposição. O director e sub-director demissionários não abdicaram daquela proposta considerando-a o «ponto fulcral» do rumo que pretendiam para a ESTG. Quanto a este problema, que levou a anterior direcção a demitir-se, Constantino Rei prefere não falar, pois «cada um trata das suas competências e essa não é a minha», considera.

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