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Constantino Rei quer «ambiente de paz e tranquilidade» na ESTG

Professor foi o único candidato ao cargo de director da Tecnologia

Constantino Rei está de volta à direcção da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do IPG. O antigo director da instituição foi de novo eleito para o cargo que já desempenhou durante quatro anos, sucedendo a Jorge Leão, que pediu a demissão há dois meses. Agora, o professor ambiciona «enterrar, de uma vez por todas», os problemas que constantemente têm afectado a escola.

Constantino Rei, o único candidato ao lugar de director da instituição, foi eleito na semana passada na Assembleia de Representantes com 20 fotos a favor e três abstenções. Naquele que vai ser o seu terceiro mandato à frente da ESTG, o docente estabelece como grandes prioridades o «retornar a um ambiente de paz e de tranquilidade», de modo a «que se possa trabalhar normalmente» e, acima de tudo, «dar uma imagem diferente daquilo que nós temos feito», reconhece. «De uma vez por todas temos que, definitivamente, enterrar os problemas, resolvê-los internamente e transmitir para o exterior aquilo que somos capazes de fazer e o bom que temos. Não podemos continuar mais com tricas, com os nossos interesses pessoais a sobreporem-se aos da instituição», admite. O novo director da ESTG diz mesmo que «se calhar, somos mais conhecidos pelos problemas e pelos conflitos internos que todos nós geramos, independentemente da responsabilidade de cada um, do que por aquilo que fazemos», acrescenta. Esta é uma situação que «tem que acabar definitivamente», espera, assumindo que aceitou voltar à direcção da escola «não por qualquer objectivo de índole pessoal», mas apenas para «servir» a instituição.

De resto, é neste âmbito que se insere o futuro relacionamento com o presidente do IPG: «Independentemente das divergências que possamos ter, elas terão que ser resolvidas com diálogo e serenidade dentro da instituição e não cá fora. E estou certo de que isso irá acontecer», deseja. Do mesmo modo, e frisando que se tal não acontecesse não faria sentido ter-se candidatado, garante que o seu objectivo reside «exclusivamente» em trabalhar em prol da ESTG. Em relação à dinâmica da instituição, espera que pelo menos um ou dois dos novos cursos propostos para o próximo ano lectivo – Redes de Comunicação e Multimédia, Design e Tecnologia e Gestão de Recursos Humanos – sejam aprovados, tanto mais que «poderiam colmatar alguns défices noutros cursos». No entanto, ressalva que «é difícil fazer previsões» com as recentes mudanças governamentais. Recorde-se que faz agora um ano que Constantino Rei se demitiu da direcção da ESTG por incompatibilidades com o presidente do IPG Jorge Mendes, tendo-se insurgido, na altura, contra o que apelidou de «ditadura».

Ricardo Cordeiro

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