A direcção do Conselho Empresarial do Centro (CEC)/Câmara de Comércio e Indústria (CCI) reclama do Estado «uma política estruturada que viabilize a convergência regional, o esbater de dicotomias ainda muito visíveis e a criação das adequadas condições de suporte à actividade empresarial».
O organismo reuniu na passada segunda-feira, em Castelo Branco, e reforçou a necessidade do sector público pagar «atempadamente» às empresas, com base num sério quadro de regularização de dívidas a fornecedores, «com efeitos visíveis e de curto-prazo», que facilitem o acesso ao crédito por parte das Pequenas e Médias Empresas (PME) e agilizem os procedimentos fiscais. Estas são algumas das vias sugeridas pelo CEC para sair da actual crise económica mundial, cujas repercussões nas empresas da região foram discutidas. Outra hipótese passa por efectuar as repetidas medidas de discriminação positiva para o investimento no interior do país. Isto porque a raia é ainda afectada pela recessão que atravessa o sector imobiliário em Espanha. «A par dos investimentos da coesão, dos equipamentos e infraestruturas ainda necessários», os empresários pedem «mecanismos de estímulo à competitividade empresarial, que garantam a fixação de populações, de recursos humanos qualificados, de conhecimento e de riqueza nos territórios mais afastados dos grandes centros urbanos e de decisão».