fecho desta edição, ainda estava em aberto, José Igreja assegura que, no domingo, estará presente no Congresso para defender a sua moção: «Vou marcar presença dia 14 e também todos os meus apoiantes», assegura, garantido que «não há risco de voltar a não haver quórum», o que faria com que o Congresso tivesse que ser novamente adiado. Ainda assim, avisa que «há muita gente» que, no sábado, vai assistir às cerimónias religiosas do 13 de Maio em Fátima, pelo que «se calhar no domingo haverá delegados a faltar ao início dos trabalhos, mas a decisão está tomada e já não há volta a dar», reconhece.
No último sábado, José Igreja ainda se apresentou no local do Congresso, mas para entregar à COC um requerimento a solicitar o adiamento do mesmo: «Eu tinha interposto um recurso sobre a não admissibilidade de algumas listas de delegados a congresso. Aguardámos até à véspera pelo resultado desse recurso e às 21h30 chegou-me um mail vindo de Lisboa da Comissão Nacional, onde sob o ponto de vista substancial me é dada razão no meu recurso», explicou. Assim, «não seriam de admitir as listas de delegados ao Congresso pela moção de Fernando Cabral pela Guarda, Pinhel, Mêda e Celorico da Beira», garante. No entanto, nesta decisão de recurso vinha a dizer que «eu não teria interposto o mesmo atempadamente, o que não é verdade», assevera. Neste sentido, poderá resultar que a sua candidatura tenha mais 19 delegados eleitos e a do seu opositor outros tantos a menos, daí que realizar o Congresso no passado sábado «com este vício formal e substancial seria entrar numa conciliação que me parece que não é correta», realçou. Outro motivo que levou ao pedido de adiamento do Congresso foi o facto de não ter havido «qualquer notificação, nem às concelhias, nem aos militantes eleitos» do local e da hora de realização do Congresso.
Uma atitude «lamentável», diz Cabral
Argumentos que não convenceram Fernando Cabral: «É uma atitude lamentável e que prejudica o PS e que os militantes e apoiantes do PS, mais do que ninguém, saberão avaliar», realça. O presidente reeleito da Federação frisou ainda que espera que «as outras pessoas avaliem o mal que estão a fazer ao PS e que possam arrepiar caminho», criticou. Por outro lado, garante que mesmo que tivesse havido quórum no último sábado ele próprio teria proposto que o Congresso não se realizasse, pois o que é «importante» e «fundamental» é o debate de ideias. De resto, Cabral garante que tentou conduzir todo o processo de modo a que este «combate político pudesse decorrer com dignidade», realçando que a COC integra elementos das duas candidaturas». Contudo, considera que «parece que houve pessoas» que estiveram na Comissão «com o espírito de colaborar e outras só com o espírito de destruir», atira. Por último, diz mesmo que ao longo deste processo «houve uma candidatura que foi constantemente colocando problemas e que quis, já nesta parte final, ganhar na secretaria aquilo que não conseguiu ganhar nas urnas», reforçou. O Congresso está agendado para este domingo, pelas 9 horas, no Hotel de Turismo da Guarda.
Ricardo Cordeiro