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Confisco

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Em 2015 há eleições legislativas e deve haver uma equipa que se apresente ao eleitorado com um projeto simples e claro. Uma equipa que utilizará o confisco e a perseguição aquém e além-mar às fortunas ilícitas e aos abusos evidentes. Primeiro arresto da boa vida e depois esclarecimento sem dó nem piedade. Quem perdeu 900 milhões de uma empresa tem de ser investigado. Primeiro porque não perdeu o dinheiro do próprio mas o dinheiro que se lá foi pondo em décadas. Não esquecer que muito veio do tempo de Cavaco, quando se desintegrou a Marconi e se formou a PT. Damos sempre com génios da gestão do dinheiro alheio. É em 1987 que a família Espírito Santo regressa e toma conta da PT com muitas facilidades concedidas por um primeiro-ministro que os viu a todos evoluir e enriquecer. Há que esclarecer para a credibilidade de todos o que foi feito, sentar e transcrever os protagonistas, ouvir as testemunhas. Quem assinou as PPP ruinosas, quem subsidiou empreiteiros com a reconstrução milionária de escolas, quem destruiu o BPN, quem destruiu a Rioforte e o BES e a PT por arrasto. Há um modo de por toda esta gente a falar e esse meio chama-se confisco. Granadeiro, Murteira Nabo, Z. Bava, Ricardo Espírito Santo, Arlindo de Carvalho e tantos outros devem sentir o sabor da pobreza e nessa sopa solta-se o fel, liberta-se o beijo de Judas e ficamos esclarecidos. Chamusque quem quer que seja, vamos buscar essa gente às casas na Argentina, no Brasil, nos paraísos fiscais e vamos perceber de uma vez quem mamou e quem se deixou mamar. Mas tudo isso é ilegal! Pois é, mas é tão injusto o terrorismo de Estado como delapidar o dinheiro dos contribuintes, roubar os depositantes dos bancos, meter a mão nos fundos europeus, criar empresas falsas, endividar os netos depois dos filhos. O meu candidato é o do Confisco e o da Perseguição por todo o lado. Os Bin Laden de Portugal devem ser trazidos à justiça onde quer que estejam e tenham a cor que tiverem. O sacrifício de todos nós não se justifica se não houver um ato rápido de esclarecimento. As transferências para lugares onde não podemos ir, os paraísos fiscais e tudo o resto, só o são se o Estado (o dinheiro dos contribuintes) não decidir infernizar-lhes as vidinhas. As razões do Estado para alguma violência são neste caso a defesa da liberdade coletiva, da esperança na democracia dos portugueses, a credibilidade para pagar impostos, a defesa do bom-nome dos que neste pântano resistiram. Endoideceu! Quer a caça às bruxas! Nada disso! É a perseguição a quem roubou! É a Justiça feita músculo! Falam, esclarecem e depois retomam as suas vidas se não tiverem culpas.

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