Dados do INE confirmam melhoria registada desde fevereiro, ainda que o índice de confiança dos empresários não acompanhe esta tendência.
O indicador de confiança dos consumidores melhorou ligeiramente em junho, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o que mantém a tendência de recuperação registada desde fevereiro. Segundo o INE, o aumento do indicador de confiança dos consumidores resultou do «contributo positivo de todas as componentes, com exceção das expectativas de evolução da poupança».
A conclusão não é, no entanto, válida para os empresários, já que os dados mostram uma quebra do índice de confiança em todos os sectores de atividade, ainda que de forma menos acentuada nos casos da Indústria Transformadora e do Comércio.
Ainda assim, o indicador de clima económico manteve o ligeiro movimento ascendente, uma tendência que se mantém desde março.
O indicador de confiança dos consumidores (calculado através de inquéritos a particulares) subiu para -51,5 pontos. Depois de atingir um mínimo histórico em janeiro (-57,1 pontos), a confiança dos consumidores tem evoluído para valores menos negativos sucessivamente todos os meses. O indicador de clima económico (calculado através de inquéritos a empresas vários setores de atividade) registou um valor de -4,4, o quarto mês consecutivo de subida.
Os dados do INE são divulgados na mesma semana em que a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) alerta para o facto de o consumo em Portugal estar «em queda livre», com as vendas no retalho não alimentar a registarem quebras conjuntas de 8,6 por cento.