A actuação dos Homens na Luta na Guarda, no sábado à noite, acabou nas ruas do centro da cidade, depois da dupla e a sua banda, constituída por oito elementos, terem abandonado inesperadamente o palco do grande auditório do TMG. A PSP interveio depois da incursão do grupo pela Guarda, que durou quase meia-hora.
A saída dos Homens da Luta do TMG aconteceu na sequência de um desafio lançado por um dos espectadores durante o concerto, um jovem de uns 15 anos, que completou a obrigatória frase «o que faz falta…», lançada pela dupla, com um «é ir para a rua». O espectáculo, que arrancou cerca das 21h30, já durava há mais de uma hora. «Eles estiveram durante todo o concerto, que foi muito bom, a interagir com o público e havia jovens entre os 15 e os 20 anos que sabiam as letras todas e as deixas», conta uma das espectadores presentes, Magda Rodrigues, ao explicar que «o entusiasmo foi tal» que os Homens da Luta aceitaram o convite. Saíram de imediato, «seguidos pelos miúdos»: «Pensávamos que iriam dar uma volta ao TMG e que regressariam, mas deixámos de os ouvir. Foi então que percebemos que tinham ido para o centro. Ficou toda a gente pasmada», relata.
O público acabaria por sair também rumo à zona central da cidade. Os Homens da Luta seguiram em direcção ao Largo da Misericórdia, onde permaneceram algum tempo, depois de passarem mesmo em frente à PSP. Segundo Magda Rodrigues, «chegaram a meter-se com os polícias», que nessa altura «não reagiram». Passava das 23 horas. «Parecia uma manifestação», compara. A “façanha” dos Homens da Luta – que até já está no “Youtube” – levou dezenas de pessoas à Misericórdia, entre os quais transeuntes e curiosos que acabaram por juntar-se ao grupo. «Ao que parece foi tudo espontâneo», diz Magda Rodrigues. A “manifestação” acabaria por regressar ao TMG: «Entrámos pela bilheteira e o auditório já tinha até as luzes apagadas. A actuação continuou ali mesmo, até que se instalou alguma confusão porque entretanto apareceu a PSP», conta ainda. A dupla, Neto e Falâncio (os irmãos Nuno e Vasco Duarte), foram pouco depois vistos ser a divertirem-se na noite guardense.