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Comerciantes da região satisfeitos com saldos

Vários lojistas da Guarda e da Covilhã reconhecem que o frio até pode ajudar ao negócio

Apesar do intenso frio que tem assolado a região, os comerciantes da Guarda e da Covilhã estão na generalidade satisfeitos com a época de saldos que começou logo após o Natal. De resto, até há quem veja as baixas temperaturas como uma vantagem para o negócio, uma vez se vende roupa mais quente.

Na Guarda, os lojistas do comércio tradicional estão satisfeitos com as vendas. Na “Danúbio”, por exemplo, a época de saldos «está a correr dentro das expectativas», notando-se que «as pessoas compram um bocado mais para oferecer antes do Natal e guardam para os saldos as compras para si próprias». Virgílio Almeida realça que o frio «até nos ajuda porque estamos a vender colecção de Inverno e, quando chove mais e faz mais frio, nota-se uma maior procura nos agasalhos, cachecóis e gorros». Em relação ao ano passado, «está a correr dentro do normal», embora «as pessoas já tenham a noção de que os saldos começam muito cedo», o que «é capaz de provocar um pouco mais de procura». Bem perto fica a Pinagus, onde a época de saldos «não está a correr muito mal em relação a anos anteriores». A justificação é que «talvez o tempo tenha ajudado a que a coisa tivesse corrido melhor», uma vez que com o frio «temos vendido mais agasalhos e malhas». Fernando Pinheiro adianta ter-se assistido a «um pico nas vendas, provavelmente por ser saldos. Há reduções na casa dos 30 a 50 por cento, o que se reflecte no orçamento das pessoas», reconhece.

Já na Rouparigas, na Rua do Comércio, a época de saldos começou a correr bem, «havia bastante aptidão das pessoas para a compra», mas, «nos últimos dias, devido às condições climatéricas, tem sido mais complicado» e não tem havido tanta clientela, refere Eugénia Teixeira. «Normalmente são clientes habituais que vêm frequentemente e não propriamente à procura de agasalhos», acrescenta. Poucos metros mais à frente fica a Stefanel, onde António Gonçalves sustenta que esta época «é sempre agradável e boa para o negócio», frisando que «o frio tem os seus ses», uma vez que «as pessoas nem sempre podem sair à rua ou só saem quando é necessário». Contudo, reconhece que «o frio até favorece o negócio, porque se vendem mais agasalhos».

Menos optimismo na Covilhã

Na Covilhã, Paulo Guilherme foi o comerciante mais optimista que O INTERIOR encontrou: «Como isto é uma loja de marca e as peças são algo caras, as pessoas aproveitam esta baixa de preços para comprar. Nunca temos grandes baixas, vamos sempre até aos 30 por cento, mas mesmo com esse desconto as pessoas aproveitam para comprar e tem funcionado», sublinha o proprietário da Lifestyle. Também este comerciante vê o frio como uma vantagem. «Até nos beneficia um bocadinho, porque se está frio as pessoas vão ter que comprar gorros e casacos. Se estivesse calor, não vendíamos roupa de Inverno», constata. Outra das poucas comerciantes que aceitou falar foi Maria Inês Trindade, da Marinê, igualmente situada no Sporting Shopping Center, mas que se mostra mais pessimista. «Não está assim muito famoso. Vai-se vendendo e está-se a vender mais do que se vendeu na época de Natal, mas está fraquinho. As clientes ou vêm mesmo de propósito ou então não somos visitados por ninguém desde que abriu o Serra Shopping lá em baixo», lamenta.

Quanto às lojas de rua, há quem considere que o frio afasta as pessoas, como é o caso de Maria João Santos, da 3B. «Ajuda quem precisa de camisolas mais grossas e casacos, que, eventualmente, não compraram o ano passado, porque não esteve tanto frio. Prejudica, porque está realmente muito frio e principalmente no comércio tradicional em que as pessoas têm que andar na rua para se deslocarem até às lojas», considera. No entanto, a comerciante realça que, «obviamente, se vai vendendo melhor, porque toda a gente quer comprar o bom por um valor mais baixo», garante. No seu caso, as reduções são de 30 por cento neste momento, o que para a loja «já é uma baixa muito significativa», embora para o cliente «possa não ser aquilo que ele quer».

Ricardo Cordeiro Nalguns casos, as reduções vão até aos 50 por cento

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