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Comerciantes da Praça Velha querem obras mais céleres

Levantamento da Associação Comercial da Guarda revela que há lojas com uma diminuição de 70 por cento na facturação

Os comerciantes da Praça Velha, na Guarda, reclamam medidas de minimização do impacto das obras de requalificação em curso naquela zona, no âmbito do programa Polis, e exigem que a intervenção avance «por onde não há problemas», disse segunda-feira o presidente da Associação Comercial da Guarda (ACG).

Jorge Godinho e a comissão que representa os lojistas do centro histórico estiveram reunidos nesse dia com a sociedade PolisGuarda para dar conta das preocupações e prejuízos decorrentes da forma como a empreitada está a ser realizada. Inicialmente, a conclusão dos trabalhos estava prevista para Abril próximo, mas sucessivas descobertas arqueológicas, sobretudo ossadas humanas e fundações de um edifício, foram dilatando os prazos. Depois do mês de Maio, António Saraiva, director-executivo da PolisGuarda, aponta entretanto para primeira quinzena de Junho. Mas a data continua a ser «provável». Uma indefinição que está a afligir os comerciantes, que acompanham diariamente no terreno todas estas vicissitudes. «Há atrasos em toda a obra e não entendemos porque é que isso acontece», garante o dirigente associativo. Segundo Jorge Godinho, os trabalhos estão a ter «custos altíssimos» para os comerciantes, adiantando que um levantamento da situação efectuado pela ACG revela haver lojas com uma diminuição de 70 por cento na facturação.

«Isso é incomportável para um pequeno empresário, que, a continuar assim, será obrigado a fechar portas a breve prazo», refere o dirigente. Os comerciantes pediram mesmo que os trabalhos avancem junto às arcadas, ao fundo da praça, onde não houve achados arqueológicos, para permitir a circulação de peões e potenciais clientes. «As obras devem continuar onde não há problemas, o que não está a acontecer e isso preocupa-nos cada vez mais», diz o presidente da ACG, para quem estas são reivindicações «razoáveis». O responsável pediu ainda que a Câmara e a PolisGuarda se juntem à Comercial para pressionar o Instituto Português de Arqueologia a ser «mais célere nas suas decisões». António Saraiva garantiu, por sua vez, que a empreitada não vai sofrer «mais contratempos», tendo entregue aos comerciantes um plano dos trabalhos a efectuar nas próximas semanas.

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