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Circulação suspensa na Linha da Beira Baixa

Presidente da REFER garante que electrificação até à Guarda nunca estará pronta antes de 2012

«Inadiáveis intervenções» de modernização do troço entre a Guarda e a Covilhã, na Linha da Beira Baixa, estão na origem de mais uma suspensão da circulação ferroviária entre as duas cidades.

Desde segunda-feira, e durante os próximos sete meses – o prazo apontado pela REFER –, a ligação será efectuada por autocarros, que páram em todas as estações e apeadeiros no mesmo horário dos três comboios que fazem diariamente o percurso em cada sentido. Segundo a REFER, trata-se da primeira fase dos trabalhos de reabilitação e electrificação da via, orçada em cerca de nove milhões de euros. A empreitada já leva um ano de atraso, pois, inicialmente, previa-se que a totalidade das obras de reabilitação estivessem concluídas em 2008, o que permitiria fazer os 119 quilómetros entre a Guarda e Castelo Branco em apenas 32 minutos. Actualmente, a empresa está a trabalhar na modernização da linha desde Mouriscas (Castelo Branco) e Guarda. A intervenção no troço entre esta cidade e a Covilhã, com uma extensão de 47 quilómetros, prevê a renovação integral da via, rectificação do traçado, electrificação do troço e remodelação de várias estações.

No mesmo dia, o presidente do Conselho de Administração da REFER, adiantou que a modernização integral da Linha da Beira Baixa até à Guarda só deverá estar finalizada durante o segundo semestre de 2012. Luís Filipe Pardal falava em Castelo Branco, no acto de consignação dos trabalhos no troço entre aquela cidade e Vale Prazeres (Fundão), tendo acrescentado que a modernização da ligação para a Covilhã ficará pronta «até ao início de 2011». Recorde-se que o actual Governo conta investir cerca de 150 milhões de euros para encurtar e electrificar as ligações ferroviárias entre as três principais cidades da Beira Interior. O objectivo é aumentar a velocidade média de circulação (de 80 para 100 km/h).

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