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Cine’Eco termina domingo

Intervenções da sessão de abertura realçaram a falta de apoios e a importância «crescente» do festival senense

O Cine’Eco tem «melhorado de ano para ano e não se tem deixado esmorecer». O optimismo de Lauro António, director técnico do Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela, ficou bem patente na sessão de abertura do evento, no último sábado em Seia. Perante uma plateia esgotada, o realizador e crítico de cinema realçou o facto do certame, que já vai na XIª edição, lutar todos os anos pela falta de apoios e, apesar disso, continuar a marcar a agenda cultural da região.

«Para já, só a Câmara de Seia é que suporta o festival, o que lastimamos veementemente», desabafou Lauro António, notando, no entanto, que o Cine’Eco tem-se afirmado no panorama mundial do cinema ambiental e de Natureza. «De ano para ano, temos mais e melhores filmes interessados em participar, o que é sintomático da importância crescente deste festival», sublinhou. Considerado o único festival de cinema dedicado ao ambiente em Portugal, o Cine’Eco conta com vários ciclos de cinema, nas três salas da Casa Municipal da Cultura de Seia, além dos filmes que concorrem às “Campânulas de Ouro”, as estatuetas do festival que vão ser entregues sábado à noite durante a sessão de encerramento. O júri de pré-selecção teve este ano uma árdua tarefa, uma vez que se registou o maior número de inscrições de sempre. Mas dos 168 filmes, vindos de 40 países, apenas 68 vão competir na secção oficial por prémios monetários de mais de 15 mil euros. O festival prolonga-se até domingo, embora a cerimónia da entrega de prémios, considerada um dos momentos mais altos do certame, se realize na véspera. O palco da festa será o grande auditório do Cine-Teatro da Casa da Cultura, onde actuará o Grupo de Metais do Conservatório de Música de Seia.

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